sexta-feira, 6 de abril de 2012

Globo Repórter no Live!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

As 12 fotos + importantes de 2011 #1

Veja os momentos mais importantes na ótica do blog em 12 fotos importantes

Do Vida Sobre Trilhos

Bons dias senhores Usuários!

Começa essa semana a série pré-Retrem "12+ 2011", 12 fotos que retratam momentos importantes do último ano. Espero que curtam e aguardem pra relembrar, em fevereiro, os principais fatos do ano que passou no "Retrem 2011", com as principais publicações da imprensa.

Um pouco de memória: Jundiaí e o Museu da Companhia Paulista de Estradas de Ferro - CPEF

Primeiro grande passeio do ano foi conhecer o Museu de uma das mais tradicionais cias. ferroviárias de São Paulo. A CPEF, iniciada à partir da deficiência monetária dos ingleses que ainda arcavam com os custos da construção do trecho Santos à Jundiaí, atendeu por meio da união de cafeicultores o que faltava: a chegada da ferrovia até Campinas.

Carro de passageiros ainda em bom
estado de conservação
Seria isso o suficiente, mas, os serviços bem prestados pela companhia levaram-a se expandir de forma tão significativa que, no Brasil, foi uma das poucas de controle privado a atingir outros estados e países do mercosul. Durou bem ainda nas mãos da Ferrovia Paulista Sociedade Anônima - Fepasa, até a completa estatização e seus vários repasses (da união pra Ferroban e dessa pra América Latina Logística - ALL). No museu é possível ver o que a ferrovia transportava de cargas, partes dos vagões, itens dos carros de passageiros -como uma pia feita de cobre e uma confortável poltrona revestida de tecido vermelho-, algumas miniaturas e, em outra área do museu, locomotivas e carros de madeira. O último ainda em relativo bom estado -até possível reativá-los para circulação-, mas, as locomotivas elétricas... Nem pensar. Pura ferrugem.
Atualmente, apesar do trecho ser concessão da ALL, a Malha Regional Sudeste - MRS Logística é quem compra maior parte das passagens do trecho de Jundiaí em diante, já que o pátio em frente da estação por onde os trens da CPTM fazem parada é um grande terminal de cargas e manobras ferroviárias da empresa.


Tenham uma ótima semana!


Um protesto sobre a CPTM

Do Vida Sobre Trilhos


Bons dias, senhores Usuários!


Trens Série 2100, frota padrão da linha 10
Muito raro falar em primeira pessoa aqui, mas, hoje merece. Não postei ainda o que quis sobre as férias porque o assunto tem rendido e pouca realidade, pouco presente tem se encaixado quando se fala da situação da linha 10 - Turquesa e sua mudança de terminal, mencionada pela companhia e odiada por seus usuários, como definitiva para o Brás. Projetos existem desde que a dupla Jurandir e Bandeira estiveram, respectivamente, na Secretaria de Transportes Metropolitanos e presidência da CPTM para que houvesse o máximo de integração entre zona leste/ sudeste/ nordeste da capital/ Região Metropolitana - centro - zona oeste/ noroeste/ sudoeste da capital/ Região Metropolitana, criando uma espécie de corredor, fazendo a estação Luz só um ponto de passagem.
Com a mudança de governo, entraram outras cabeças e a continuidade acabou. Um presidente antes de Sérgio Avelleda notadamente não realizou nada do que havia sido proposto por Mário Bandeira. Quando Avelleda assumiu, boa parte do que era necessário ser contratado para viabilizar tal interligação, como obras de remodelação das vias férreas, sistema de sinalização, contratação de frota para a linha 11 - Coral (9 composições que a Alstom Brasil fornecerá e as primeiras unidades estão sendo finalizadas) e o que ninguém cita: o projeto de um trem "expresso" partindo do ABC paulista. Por que isso não parece importante nesse momento?

Vejamos o seguinte: no momento em que a linha 10 saiu de Luz foi com a justificativa de obras pra remodelação das vias, o que de fato aconteceu. Após isso, a linha simplesmente não voltou e houve uma consulta, feita de modo não muito transparente e com uma questão de poderia induzir as pessoas ao erro, obviamente ("Você está satisfeito com a redução do intervalo da linha 10?" quando o correto seria "Você aprovaria que a linha 10 tivesse como terminal a estação Brás?"). Naquele momento, a linha 4 - Amarela, vista como a solução pra desafogar a linha 3 - Vermelha e auxiliar na mobilidade sentido zona sul, já que, a viagem partindo de Luz sentido Pinheiros poderia demorar até 40 minutos, hoje leva, em média, 10min30 segundos, foi subestimada quanto a demandas. No primeiro dia de funcionamento integral da linha, ela já havia carregado 247mil pessoas -uma semana antes, passavam somente 83.980 pessoas pela linha diariamente- e isso chegou a mais de 500 mil no final desse ano. Há ainda a previsão de chegar a 700mil usuários/dia. Somado a tudo isso, na Luz, circulam duas das mais movimentadas linhas da CPTM atualmente e a linha 1 - azul do Metrô, o que gera um movimento diário de 485 mil pessoas.
Em mensagens oficiais divulgadas no site, a CPTM informa que as mudanças tomadas visam a segurança operacional das duas linhas. E de fato, até mesmo, visa a organização do embarque dos usuários da linha 10, uma vez que não haverá mais viagens negativas.
Por que a segurança?
Embarque da Linha 11 - Coral/
Expresso Leste no horário de pico.
Créditos: Leandro Santos/ linha10naluz (Facebook)
Quem usa a linha 11 - Coral, conhece sua má fama e algo que é difícil de se apagar -uma vez que a anterior linha dura da gestão Avelleda em até mesmo fazer, tanto agentes operacionais, quanto vigilantes que trabalham na segurança do embarque simplesmente não agem mais- o risco de queda no vão entre o trem e a plataforma é superior. E isso acontece também na linha 7, já que os usuários da 11 que tem destino a estações a noroeste, simplesmente corriam sem pensar pra embarcar nos trens que paravam na plataforma 2. Hoje, com essa medida, não há mais tanta desorganização, além do desembarque estar mais sossegado no pico matinal, uma vez que havia acúmulo de usuários de três trens da linha 11 com um da linha Rubi. Enquanto isso, quando ainda havia os trens da linha 10 desembarcando em Luz, não justificava.
Falando em uma experiência minha de 2008, quando era usuário da linha em contra fluxos: ambos os sentidos o desembarque era concentrado no Brás. Menos de 20, 10 pessoas/ carro era comum de se notar. Okay, 2008... De lá pra cá, foram quase quatro anos... Mas, a cena até pra quem olha "de outra plataforma" não era tão diferente. No vale, não era incomum embarcar sentido Luz e ter o carro "todo seu". Um comparativo interessante: Linha 10 sentido Luz é o equivalente hoje a linha 8 sentido Júlio Prestes: não há demanda que justifique mantê-las sem prejudicar outros. 


"Mas falam que é um número tão mínimo, mas, é um mínimo que tem feito barulho"


Sim, é um número mínimo. Com as integrações que a linha possui e se todas bem feitas e funcionarem e usadas de maneira inteligente, compensam. Tem destino a linha 1 - Azul sentido Jabaquara (sul)? Desça no Tamanduateí e se integre em Ana Rosa; sentido Tucuruvi (norte)? Vá para o Brás, linha 3 - Verde e linha 1; Linha 9 - Esmeralda e linha 5 - Lilás? Siga pela Verde e integre a Amarela na Paulista. Não é só viagem de férias que pensamos antes de realizar.
Fizeram isso não só pensando que hoje uma linha que não pode sair de lá -Metrôs- e outras com demanda superior hoje. Porque, o que vem pela frente tem mais importância. Linha 10 no Brás é mal passageiro.


O que vem pela frente?


Imagem criada para protestar
Créditos: Rudá Cabral/linha10naluz
Como citou-se acima, Expresso ABC (antes, em planos antigos, chamava-se "Expresso Sudeste") partirá de Mauá e deixará de parar nas estações "bairro" de algumas cidades do ABC e da capital e pode ter como parada final a estação Palmeiras - Barra Funda. Nessa hora, sai a linha 7 - Rubi da Luz e fica com Barra Funda terminal, Coral também e a Turquesa retorna a Luz, complementando o Expresso ABC.
Deve-se sempre citar uma coisa verdadeira sobre ferrovia: Santos a Jundiaí, Central do Brasil, Madeira Mamoré (na região norte, a única grande ferrovia a adentrar a Amazônia) e, atualmente, a Ferrovia Norte - Sul são e foram obras que não saíram do dia pra noite, pela simples vontade. Leva tempo. O mesmo se diz para o sistema de trens de passageiros: uma intervenção iniciada hoje, surtirá efeito completo daqui 5 anos. E se tudo ocorrer com a continuidade que muitos prometem.


Espero a todos que leiam esse texto não pensem que isso é "surto de ferrofã defendendo a SUA companhia predileta". Não, demonstro o que vejo, o que observo à partir de dados que obtive, discussões, notícias da imprensa, da própria CPTM e lógica. Admiro profundamente cada um dos participantes e quem organizou o movimento "Queremos a Linha 10 da CPTM de volta a Luz", pois, se cada linha tivesse um movimento que batalhasse profundamente pra, de fato, fazer barulho a ponto de constranger e deixar um mal-assessorado e relacionado diretor de operações durante uma entrevista sobre o tema, certeza que a gestão Bandeira não seria tão ruim ao que se demonstra para os usuários, quanto a alguns funcionários a ponto de haverem denúncias de a companhia querer dissolver, por meios baixos, o primeiro sindicato a parar efetivamente na última greve.


Tenham uma boa semana!

sábado, 31 de dezembro de 2011

E 'la fine, i miei amici: 2011

Sem linha fina, sem explicações, sem maiores comentários. Só me despeço de 2011. E relativamente feliz.


Do Vida Sobre Trilhos


Boa noite, senhores Usuários!


Obrigado a todos pelo ano incrível!
Este ano foi tão maneiro pra mim e para o blog que ele pareceu ter durado mais que 365 dias. Ou houve uma divisão entre a época onde eu não estava muito me importando em escrever e, quando escrevia, ainda me sentia indefinido do que e como fazer o blog. Sempre foi possível notar que aqui o padrão informativo, dinâmico e objetivo é difícil ser alcançado, por isso, surgiu primeiramente a fanpage do Facebook como resposta para melhor servir os textos "mais engajados" -aqueles onde falo estritamente da nossa malha ferroviária de transporte de passageiros paulista- e, como acabou acontecendo, uma ou outra curiosidade e fotos compartilhadas. O Facebook acabou perdendo espaço pra algo que veio mais tarde: a volta do Usuário CPTM, um projeto datado de março de 2010 proposto por uma amiga, a Letícia Tavares.
Antes de existir "Diário da CPTM" e meu antigo amigo perder o foco e debandar o nome de seu blog pra ter mais visibilidade no Google, o "Usuário" já existia com a proposta de ser um "clipping" de notícias sobre a cia. -o que hoje se ampliou, já que falamos do Metrô de São Paulo, usuários, operações de ambas companhias e também das relações das concessionárias de cargas com a malha metropolitana-, além da missão principal: informar a situação, em tempo real, das linhas da CPTM e do Metrô no horário de pico. Na nossa primeira investida, éramos 5, mas sem nenhum compromisso. Eu, principalmente. Hoje, chegamos a 6 pessoas, sem nenhum compromisso ainda, mas, dessa vez, "a locomotiva andou" e conseguimos manter as informações sobre as 6 linhas da CPTM, três de quatro linhas de administração da Companhia do Metropolitano de São Paulo e a linha 4 - Amarela, a primeira concessão privada de Metrô da américa latina sempre atualizadas. 
Também, contamos, é claro, com a ajuda de quem posta nas hashtags #CPTM e #metrosp pra saber se há anormalidades.
Digo também que estive no auge da criatividade. Tá, "Você com Android na mão é um bicho feroz"... Poderia expressar o quanto a criatividade que digo se apresenta. No final da greve da CPTM, criei um Tumblr fotográfico, o Photrilhos, a ideia eram só fotos, mas, como aprendi que "uma imagem JAMAIS vale mil palavras", as legendas se tornavam obrigatórias em todas as fotos. É como se postar uma foto no Twitpic e não saber sequer os seus porquês. Consegui proezas, tanto em fotos que, tratadas por aplicativo, ficaram bonitas de ser ver, tanto fotos que realmente tiveram graça (PRA MIM, PELO MENOS). E quantas fotos eu quis tirar...
Até dois belos dias nas estações Piqueri e Presidente Altino.


Primeira foto pós-greve e primeira foto do Photrilhos:
Junto ao amigo Denis Castro, fomos os únicos
veículos midiáticos cobrindo a greve
dos ferroviários da CPTM
Piqueri, sim... Quase fiz o que todo bom -ou mau- jornalista faz quando vai preso em discussões com autoridades: desacato. Fiquei muito nervoso com o modo como o vigilante daquela estação veio se portar comigo. Praticamente, o cara esperou o trem chegar -ele já havia visto ajeitar a câmera, me arrumar, etc.- pra me barrar. Falei alto, quase xinguei mesmo. Conversei com o chefe de estação e expliquei que "não era nenhum retardado" -como em relatos que ouvi antes de "ferrofãs" ultrapassando faixa amarela, colocando pessoas não autorizadas e funcionários em suas fotos, fotografando áreas de segurança, como bilheterias, chefias e, nos casos mais graves, descendo a via férrea- e ele desautorizou o vigilante. Mas, sabe quando você já não faz a coisa do mesmo jeito que pretendia? Pois é... As fotos até hoje, eu olho, olho... E penso que não ficaram legais.
Em Presidente Altino, fui movido a novidade: voltando de Júlio Prestes depois de perder a audiência, soube que a primeira unidade do CAF 7500 já estava por lá. E da plataforma era possível vê-lo, com alguns ajustes na câmera -já que era noite- talvez fosse possível fotografá-lo. Até consegui, mas, novamente, a abordagem. E dessa vez, minha manifestação foi acatada pela CPTM, onde, ao tratar o assunto "fotografia nas dependências da companhia" ouvi duas coisas importantes:
- "É a primeira vez que isso acontece", disse a chefe de segurança da companhia, mesmo eu relatando dois casos anteriores e, recentemente, soube de mais uma dúzia deles;
- "Você precisa entender que é 'mídia', por mais que suas fotos vão para acervo pessoal, você faz fotos diferenciadas de todo o pessoal", disse o assessor de imprensa da CPTM/ Metrô.


Acatei essa última e entendi como "piada" a primeira. E realmente, a primeira têm sido uma grande piada. Já que a ordem é essa -sou 'mídia', que todos entendam assim quando tiver que fotografar- então assim será.


GRANDE ERRO.


Ferraz provisória inaugurada. Ótima oportunidade pra fazer fotos e ilustrar uma nota pro Facebook. No domingo, passo por lá e paro pra tirar fotos, mas, antes, a autorização da chefia, que não pôde naquele momento, já que o chefe trabalhara somente de segunda a sexta. Disse que retornaria na segunda e o encarregado da estação, substituto direto do chefe que estaria na segunda no horário em que aparecesse, intermediaria com chefe. Volto eu, segunda, no horário combinado. O chefe conversa comigo em meio a diversas checagens finais de "pequenos defeitos" na estação, como abastecimento, vestiários etc. Coisas simples e que não interferiram na vida do usuário em sua grande maioria. Expliquei meus porquês de estar ali e então...


"Você é o Ricardo? Lá do Diário?"


Contrariei, expliquei que não, mas, fiquei curioso, então ampliei e perguntei sobre outros. A resposta foi desanimadora. Segundo o chefe de Ferraz de Vasconcelos, a ele ainda não haviam causado nenhum problema diretamente, mas, por motivos que eu desconheço (mas faço ideia quais), outros chefes tem bronca tremenda e os quer longe de suas estações. No final, não fui autorizado, tendo assim que recorrer aos métodos que tentava utilizar em 2008 quando fazia trabalho de conclusão de curso: autorização "escrita" da mídia da CPTM.
Aí cês me perguntam: eu fiquei chateado? No começo sim... Tinha consideração -ao menos relativa consideração- pelo citados. Mas, preferi, pra não desanimar, rir disso tudo. Criei "O Estado de Cobrasma".
Combater o fanatismo tocando na ferida, nas manias, nos gostos e rindo de tudo isso talvez seja a solução. E por que não rir de como as companhias agem? Claro... É humor.
Por não gostarem, brinquei com todos.
Pode não ser de bom gosto -PRA QUEM É "VÍTIMA"- mas, tem muita gente que acaba rindo. Eu juro que, quando escrevo, não vejo graça. NENHUMA. Mas, ao ver gente comentar no Facebook, ver que ele é melhor posicionado até que o "Usuário" em dados momentos, isso sim me faz gargalhar. Mostra que atingiu quem deveria. E mais: deixou bronqueado e fez rir até quem poderia ter N motivos pra achar "uma piada sem graça" -conta a lenda por aí que teve diretores da CPTM e Metrô rindo com o blog e, principalmente, porque blogueiro achou "indevida a sua existência". Mas, fiz a piada, zoei muita gente ao falar que tinha um série 8000 em testes na linha 9 em operação num domingo chuvoso e no mínimo 17 acreditaram e quase 8 saíram em busca do "trem inexistente".
Essas brincadeiras curaram um pouco a tristeza de como é ver que gente boa faz tanta bobagem, transforma hobby (coisa saudável) em mania (vício) e consegue não só se estrepar como ferrar todos os outros que curtem com parcimônia e sem fanatismo. Além de, tentar desiludir -ou não- como é a rotina da operação das companhias, que nem sempre é as mil maravilhas que vemos nas campanhas de final de ano.


Mas voltamos ao "Vida"...


Celebramos o amor...
Evolução foi uma palavra-chave aqui. Consegui criar com relativo sucesso duas colunas: "Causos", revivendo o que o engenheiro Renê Schoppa -que tem até livro publicado com vários- fez na antiga Revista Ferrovia. Causos como o da Aline Tibério e do Anderson Nascimento foram exemplos de que é possível pessoas viverem histórias bonitas e de reflexão. "Nos Trilhos da Balada" pode ainda expandir, mas, os moldes deram muito certo! A divulgação funciona e chega a quem precisa chegar. Eu adorei publicar um texto de um amigo aqui e ver que, mais tarde, ele estaria escrevendo pra valer -claro, falta agora ele passar de especialista pra jornalista, hehe-, principalmente porque o texto era todo bom, conciso, coeso, sem necessidades de alteração ou edições pra melhorá-lo. E fiz questão de colocar sua assinatura, porque olha... Não é todo dia que qualidade pinta "no teu colo" assim.
Mais um ano e Negócios nos Trilhos coberta! Segundo ano com texto, mas, terceiro ano visitando. Conforme a própria organização, a maior de todos os tempos. E realmente, era tudo muito grande: estandes, maquetes e miniaturas (é, os que levaram miniaturas em escala não queriam saber  muito de HO ou N dessa vez). Sérgio Avelleda, com o cargo pedido pelo ministério público, era "o homem do metropolitano" e junto ministro dos transportes mostrava os cenários de como o estado estaria com as expansões da CPTM e do Metrô. Por sorte, o MP não foi feliz pedindo o cargo do Avelleda. E nem conseguiram parar as obras da linha 5 - Lilás.
A NT 2011 foi além de ponto de negócios, lugar de rever os amigos assessores, como o pessoal da Amsted, Hitachi e Bombardier e ver os amigos também, já que alguns deles estiveram por lá. Não só conhecendo novas empresas e vendo a maquete do monotrilho, mas, também, revendo profissionais do setor.




E chega ao fim 2011. Algumas decepções, alta criatividade, muitas ideias, enfim... QUE VENHA 2012 E SEJA MAIOR E MELHOR!


Bom começo de ano a todos!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Enfim, NTV Italo faz viagem inaugural

No último dia 13, o trem que tem sangue de Ferrari fez primeira viagem; Holofotes e mídia caracterizam como "o trem mais popular da Itália"

Do Vida Sobre Trilhos

Bons dias, senhores usuários!

Pronto para partir - Foto: Fanpage
"Treno Italo"
Havia tempos que poderia ser visto, tanto na fan page do "Vida" no Facebook e no Twitter informações sobre esse trem. Muito disso, talvez por identificação com o nome do autor do blog (sim, rolava um fanatismo exagerado), mas, outras questões bem curiosas o cercavam.
A exemplo, o projeto do Nuovo Trasporto Viaggiatori  é a primeira operadora de trens de alta velocidade privada do mundo e tem como sócios Luca di Montezemolo, Diego Della Valle (dono da marca de artigo de luxo Tod’s), Gianni Punzo e Giuseppe Sciarrone 
e também a SNCF, uma gigante estatal de infraestrutura e operação de trens de alta velocidade da França.
Em especial, Luca di Montezemolo é bem conhecido por ser  presidente da Ferrari -tanto os luxuosos esportivos, quanto a escuderia da Fórmula 1- o que imprime a atual imagem e comunicação visual dos 25 trens.
O NTV Italo é uma adaptação para Itália do AGV  - Automotriz a Grande Velocidade da Alstom, veículo que dispõe da mesma tecnologia do trem que fez os 574km/h em 2008. E qual o barato dessa tecnologia e onde podemos ver isso?

Detalhes do interior do trem, mantido a sete chaves
até bem pouco tempo atrás
Diferentemente dos primeiros trens, somente haviam de dois a três carros-motores (locomotivas) por composições. E neles, motores de alta potência, logo, grandes beberrões de energia para fazer com que a composição atingisse as altas velocidades propostas nesse tipo de trem (TGV). Com o tempo, foi se percebendo que é possível usar mais motores, aumentar o espaço físico para passageiros nos trens (o que, até então, não era possível, já que a locomotiva carregava todos os equipamentos necessários pra tracionar a composição), aumenta a flexibilidade do "criar composições" -antes era restrito a um número X de composições, já que a locomotiva poderia não ter o mesmo rendimento e performance com mais carros-reboque- e diminui-se o gasto de energia e gera-se mesma potência indiferente o número de carros. 


Imagens do aplicativo  "Italo, il tuo treno" que pode
ser baixado na Apple Store
Fechando o raciocínio: todos os carros de uma composição de alta velocidade passaram a ter motores e sendo mais "verdes" com isso. Algo comum de se ver hoje nos novos trens do Metrô de São Paulo, como os Alstom frota F da linha 5 - Lilás, os CAF's H e os Rotem da linha 4 - Amarela.
No último dia 13/12, depois de ser adiado em setembro, o trem fez sua viagem inaugural e a operadora disponibilizou em todas as estações atendidas por ele entre Salerno e Torino e no trecho atendido até Veneza. Em meio a tudo isso, problemas com locais de venda foram noticiados pela operadora também. Na mídia, a NTV não há o que reclamar: esteve ligada em todas as redes sociais, disponibilizou um Flickr com fotos autorais exclusivas e sempre mantinha atualizações exclusivas via Facebook sobre o que estava acontecendo, onde o trem era destaque. Chegou ao iPhone/ iPad por meio de um simulador e já tem à venda o seu ferreomodelo.

TAV Brasil

O projeto do Trem de Alta Velocidade, ligando Campinas ao Rio de Janeiro terá seu novo edital publicado no próximo dia 2 de janeiro e o leilão previsto para agosto ou setembro. Consórcios entre empresas nacionais e multinacionais do setor ferroviário estão se formando, uma vez que várias condicionantes que afastaram empresas na primeira tentativa da concessão falharam por submeter as possíveis administradoras da ETAV a não ter lucros com o trem.

Tenham uma boa semana!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Negócios nos Trilhos 2011 surpreende pelo tamanho e pelas novidades

Batendo recordes de locações, a NT11 consagra-se como maior evento de negócios do setor ferroviário; mas não só negócios aconteceram


Do Vida Sobre Trilhos


Bons dias, senhores Usuários!


Innovia Monotrilho 300: ano passado era uma minia-
tura em escala. Este ano, foi possível conferir o
mock up em tamanho real. Foto: Denis Castro
Pelo 14º ano, a Revista Ferroviária promoveu a feira Negócios nos Trilhos. O evento deixou sua marca: a maior proximidade com os trilhos levou a General Eletric (GE) a expor uma das primeiras locomotivas AC44i a chegarem no Brasil. Discreta nos primeiros anos - uma das edições inclusive ocorreu dentro da estação Júlio Prestes, ocupando a gare e parte superior da estação da antiga Estrada de Ferro Sorocabana -, a feira cresceu e ocupou por completo o Pavilhão Vermelho do Expo Center Norte. Este ano, segundo palavras de Gerson Toller, diretor da RF, "a expectativa era de reunir mais de 180 expositores e atrair 10 mil visitantes". Superando o ano de 2010 - que contou com 162 expositores - a feira fechou a sua 14ª edição com 180 expositores e 7 mil visitantes, mil a mais do que o ano passado. Além do costumeiro pavilhão, o evento tomou parte do pavilhão ao lado.
Movimento durante o evento. Cerca de 7 mil
  pessoas visitaram a feira. Foto: Denis Castro
Empresas do Japão, Espanha e França tiveram seus estandes temáticos organizados por país. Dentre novidades, a  Talgo, empresa especialista em trens regionais de média e longa distância, e também de alta velocidade, apresentou novidades na Negócios nos Trilhos. "O nosso mercado são os trens regionais. Dispomos de produtos para o que nós chamamos de Intercity, ou seja, grandes distâncias, desde que não seja Metrô. Com toda certeza, somos líderes em alta velocidade no mercado hoje em dia", afirma João Constantino Meireles, diretor da Talgo na América Latina. A empresa não é conhecida pelos brasileiros, já que a maioria dos carros de passageiros e composições são nacionais. Mas vários outros países da América, Europa e Oriente Médio contam com a Talgo para suas linhas de trens de média distância e alta velocidade:"Talgo está nos EUA, Argentina, Espanha, Portugal, França, Alemanha, Itália, Cazaquistão, Ubesquistão... Temos Talgo pelo mundo todo!", comemora Meireles. A primeira menção à empresa deu-se quando começaram a surgir os primeiros planos para trens regionais em São Paulo. O TAV Brasil também é outro grande interesse da companhia, que tem intenções de se associar: "Estamos em conversação com muitas empresas, mas ainda é cedo pra falar nesse assunto. Quando sair o edital, será o momento para saber exatamente com quem nos associamos e de que forma nos associamos", explica Meireles. Para ele, é necessário analisar os casos e ver como a empresa procederá para participar do leilão do TAV, previsto para agosto de 2012.
Projetos da CAF em andamento. Foto: Denis Castro
Outra espanhola de presença no setor ferroviário é a "Construcciones Y Auxiliar de Ferrocarriles" (CAF), que comemora a instalação de sua fábrica em Hortolândia (SP), o novo pólo da indústria ferroviária brasileira. Comemora também a entrega dos primeiros 48 trens da companhia no Brasil e a recente PPP com a CAF S.A. (sede espanhola) e a ICF (Inversiones en Concesiones Ferroviarias). As duas primeiras composições de 8 carros no país com passagem livre plena do primeiro ao último carro (open gangway) serão entregues para a operação na linha 8 - Diamante da CPTM. O estande da CAF seguiu a ideia usada pela Bombardier: foi montando um "Cyber CAFé" dentro da feira. Qualquer semelhança é mera coincidência.


Números de 2011 e a evolução do setor ferroviário


AmaxLong: vagão desenvolvido especialmente para
a empresa Brado Logística. Foto: Denis Castro
Segundo a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), os investimentos das concessionárias para ampliação, manutenção, recuperação, compra de tecnologia e outros para ferrovias já não contam com a ajuda da União desde 2009. Isso indica maior independência financeira das concessionários para administrar suas malhas ferroviárias, o que é considerado um passo significativo. A previsão para o ano de 2011 é de R$ 3 bilhões em investimentos. No período de 1997 a 2009, as concessionárias investiram R$ 21 bi em material ferroviário. A União, no mesmo período, colaborou com somente R$ 2,98 bi. Até hoje, o ano em que mais se investiu foi 2008: R$ 4,3 bi, dos quais R$ 225 milhões vindos dos cofres públicos.
AmaxTop: em testes nas duas margens do
Porto de Santos.
Beneficiadas, novas empresas como a Brado Logística, a Rumo Logística - duas das principais compradoras -, e a AmstedMaxion ampliaram sua atuação no setor de vagões. A Brado tem como especialidade o transporte de contêineres para o Porto de Santos, via Ramal de Exportação Mairinque-Santos. A empresa colocou a série Amax - uma de suas novidades na NT - à disposição.
Com exclusividade, ela desenvolveu o AmaxLong, que tem 26 metros de comprimento, um dos vagões mais longos produzidos para o transporte de cargas. Assim, necessidades especiais surgiram, como: planejar seu comportamento em curvas horizontais; desenvolver um engate especial, com estrutura mais simples, porém eficiente para diminuir a tara; criar anteparos protetores das portas dos contêineres e dispositivos frigoríficos a serem carregados; instalar truques tipo "Ride Control", permitindo até dois contêineres padrão ISO de 40', quatro de 20' ou três de 20' em apenas um nível, com peso bruto máximo de até 130 toneladas. A Brado já adquiriu 145 desses vagões para iniciar suas operações e todos serão entregues até o fim deste mês, segundo a AmstedMaxion.
Já o AmaxTop, desenvolvido em abril, é o primeiro vagão brasileiro a transportar contêineres empilhados nos padrões ISO 20', 40' e "High Cube", deixando a carga com até 6 metros de altura em relação aos trilhos. Neste, um sistema de absorção de choques e sistema de aplicação variável de freios quando carregado ou não, são as principais novidades do modelo. Ele já está em operação para testes na malha litorânea da MRS, que compreende as duas margens do Porto de Santos. Para um melhor rendimento, a Malha Regional Sudeste Logística fará ajustes de gabarito de suas vias para a conclusão dos testes e posterior ampliação no número de vagões do modelo.
A nova cara da CPTM e do Metrô de São Paulo
No transporte de passageiros, a CPTM e o Metrô de São Paulo pretendem investir R$ 39,4 bilhões até 2015, seguindo o plano plurianual (PPA) do Governo do Estado de São Paulo. Segundo o presidente da CPTM, Mário Bandeira, há intenções de ampliar linhas existentes e renovar frotas por meio de nova licitação e um aditamento com empresas que já possuem contrato com a CPTM (Alstom e CAF): "Estamos trabalhando para a ampliação da frota, estudando a aquisição de 21 trens por meio de aditamento de contratos existentes e outros 40 novos, cuja audiência pública será realizada no próximo dia 18 de novembro", diz Bandeira. Além da nova linha até Guarulhos (13 - Jade), que parte de Engenheiro Goulart e vai até a estação Zezinho Magalhães, próximo ao Parque Cecap, e a extensão da linha 9 - Esmeralda até Varginha, a CPTM pode ter a malha ampliada em 41 quilômetros, chegando a 301,4 km de extensão. Também pode-se incluir nesses projetos os trens expressos: o do ABC, partindo da estação Mauá até Luz; o de Jundiaí, partindo da estação Lapa; e a ligação Alphaville - Tamboré por meio de Parceria Público-Privada (PPP). Há ainda os projetos regionais de Sorocaba, Santos e São José dos Campos, também nos mesmos moldes.
No Metrô, a promessa é de que, com os investimentos do estado, a ampliação da rede chegue até 137 km até 2015. Para isso, não serão poupadas as PPP's, a exemplo da linha 6 - Laranja, que seguirá este modelo.


Além dos negócios


Country foi um dos ritmos que movimentaram o
"Boteco da MIC" na NT2011
No quesito entretenimento os expositores da Negócios nos Trilhos deram show. A empresa de Kirkior Mikaelian, a Metalúrgica, Indústria e Comércio (MIC S/A) é especializada em peças para o setor ferroviário: válvulas de segurança, tubos de descarga e tampão do domo para vagão tanque, portas de descarga (tremonha), fechos, adaptadores para rolamento, cartucho e peças para o setor de freios. A empresa trouxe o  "Boteco da MIC", onde por várias vezes ao redor do estande aconteciam espetáculos de dança de estilos variados como country, samba e dança do ventre.
Dj anima o estande da AmstedMaxion na NT2011


A AmstedMaxion trouxe dj's para seu estande enquanto as novidades da empresa eram apresentadas. Além disso, os visitantes podiam degustar bebida e  quitutes preparados pelo buffet do evento. Na A.C. Corrêa, diversos músicos se revezaram para manter o ambiente alegre e amistoso.
No último dia, um espetáculo com direito a escola de samba encerrou o evento com chave de ouro. Gerson Toller, diretor da Revista Ferroviária e organizador do evento, foi um dos percursionistas.
Gerson Toller e Mikaelian ao som de uma
   escola de samba na NT2011. Foto: Denis Castro
Dos estandes, o mais movimentado foi o da MPE/ T'Trans/ Scomi. A Scomi, por meio de parceria com a MPE, estará em breve instalada no Brasil e produzirá monotrilhos para atender à linha 17 - Ouro do Metrô de São Paulo. A MPE, em parceria com a Temoinsa, fornecerá veículos para o aeromóvel de Porto Alegre, ligando a estação Aeroporto da Trensurb até o Terminal 1 do aeroporto internacional Salgado Filho.
Muitos negócios foram fechados e outros ainda serão. O clima de celebração, que não é a de um "boom" no setor ferroviário, marca a consolidação e a retomada de projetos para solucionar o problema da mobilidade no Brasil. 


Veja fotos feitas -e cedidas- pelo Denis Castro, amigão de todas as horas do blog:





Confira também as fotos realizadas pelo autor do blog:





Tenham uma boa semana!

domingo, 6 de novembro de 2011

Nos trilhos da balada #4 - Trem especial para Sabaúna

Com composição do Expresso Turístico da CPTM, Associação Nacional de Preservação Ferroviária quer levar turistas e moradores de outras cidades e distritos de Mogi a conhecerem vilarejo histórico

Boa noite, baladeiros!

Informações importantes sobre a viagem.
Clique para expandir visualização
No próximo dia 27 de novembro, o Expresso Turístico faz mais uma viagem a Mogi das Cruzes. Seria normal citar isso seguindo a programação dos trens que está no site da CPTM, a não ser por alguns detalhes: não irá parar na estação Mogi das Cruzes e terá a ANPF no comando. Além de parar numa das mais belas e preservadas estações de trem da região.
O distrito de Sabaúna -que seu nome se origina do Tupi-Guarani, "Tamba Una" ou concha preta- é o local que já deixa o turista dentro do Vale do Paraíba (talvez o único caso onde uma cidade consiga se encaixar em duas regiões diferentes) e, alguns quilômetros à frente, a cidade de Guararema.
Sua ocupação se iniciou massivamente por volta de 1889, quando de fazenda ocupada por uma família tirolesa, já em 1900 -com a estação já operando-, tornou-se o "Núcleo Colonial de Sabaúna", com 75 famílias brasileiras, 80 espanholas,  28 italianas, 9 alemãs, três portuguesas, duas francesas, austríacas, uma belga e uma africana, totalizando 201 famílias. A maior parte dos atuais moradores do distrito tem descendência dessas famílias.


Mas a história de Sabaúna vem desde a época das capitanias hereditárias, quando este local fora arrendado e administrado pelos frades do Convento do Carmo. Logo, 384 anos de história.
Algumas lendas permeiam o distrito, como a do "Lobisomem de Sabaúna", em um breve vídeo que ronda o Youtube e, dentre as atrações turísticas, os eventos promovidos pela Associação Nacional de Preservação Ferroviária - ANPF com ferreomodelismo e aeromodelismo e o festival de inverno de Sabaúna, reunindo atrações locais e regionais fazem do distrito um local a se visitar numa passagem por Mogi das Cruzes. E com o trem não será diferente. Para a viagem, além de cruzar um trecho que somente os trens de carga da concessionária MRS podem passar normalmente, haverá eventos dentro da estação.

Serviço

A viagem toda é garantida pela agência Rizzatour e tem o apoio da Javatur. Com vendas pela Rizzatour e Prefeitura do Municipal de Mogi das Cruzes, as passagens custam R$130, com ida e volta, serviço de bordo no trem, seguro viagem e monitores de turismo. Não estão inclusos bebidas e guia para passeios pelo distrito. Também conta com o apoio da MRS Logística e Comtur - Conselho Municipal de Turismo de Mogi das Cruzes.


NOTA GERAL: 9,9


Boa diversão, baladeiros!
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