A ferida que ainda não cicatrizou na zona leste chamada vandalismo

Maior parte dos casos de intervalos excessivos se deve ao mau uso de dispositivos de se segurança; falta de comunicação dos maquinistas com os usuários poderiam evitar exageros como o de terça

*Do Vida Sobre Trilhos
Bons dias senhores usuários!


Nesta terça (27), no pico da manhã, cenas que já se repetiram em 2008 voltaram a acontecer nas linhas da CPTM. Desta vez, não era um trem velho, o que muita gente errôneamente consideraria motivo para um ataque, não foi um trem parado com problemas a frente andando na via de volta a estação, fazendo com que todos os outros trens atrás fizessem o mesmo.

O trem era o quarto novo trem entregue pela CAF, ainda em testes, mas, que já encarava o horário mais complicado da companhia. Frenagens brutas são comuns nele durante essa fase de adaptação, mas, o que aconteceu foi, aqui chamaremos de "reiniciar²" - assim como se faz com o computador, ele para todo o sistema, volta ao ponto de quando foi ligado pela primeira vez -, só que isso leva um tempo, 1 minuto a 2 minutos em média. Dentro de um trem, parado, com ar condicionado desligado, lotado devido ao horário realmente é um tempo considerável, mas, ainda não é desesperador. Ainda há ar suficiente para todos, há espaço.
Mas, o que não houve foi uma atitude de quem leva a composição, ninguém sabe ao certo se por falta de ordem ou por falta de treinamento adequado para comunicar aos usuários.
Com isso, o trem parado sem a ventilação mínima ligada, fez com que as pessoas entrassem em desespero e acionaram os sistemas de frenagem de emergência e abertura das portas e iniciassem a descida. Então, o trem enfim reiniciou e começou trajeto de volta a Engenheiro Goulart para transbordar para outro trem os passageiros embarcados. Quem estava na via fez uso dormentes para bloqueá-la em ambos sentidos e começaram a jogar pedras e houve uma ameaça de atear fogo na composição. Em meio a esse tumulto, um usuário e um agente de segurança operacional ficaram feridos, este último, segundo informações de fontes de segurança extra oficiais, encontra-se ainda hospitalizado,mas, passa bem.

Na comunidade oficial dos aficcionados e conhecedores sobre ferrovias, no tópico da linha onde foi comentado o fato e aprofundado com relatos de foristas que inclusive estiveram no local, as opiniões são diversas: seguem desde iniciar um novo programa para conscientizar o usuário das melhoras que vem obtendo a extremas como o fechamento total da linha e esses usuários seriam obrigados a usar outras linhas e ônibus para se locomoverem ao centro e aos munícipios que ela atende.


Comentários do Autor
Soube do fato pelo rádio e fui verificar informações sobre qual havia sido o trem prejudicado a noite. Foi triste saber que tratava-se de um trem novo. Foi triste saber que a CPTM arriscou um trem que, em minha opinião, ainda está em testes. O Q01 e 03 devem realmente operar nas linhas 11 e 12 em pico se isso se fizer necessário, mas, o Q04 ainda não. Conforme li, os testes mais apurados foram feitos somente no Q01, nos outros, "CTRL-C+CTRL-V" e realizar a rotina de teste para ver se os resultados saem iguais aos do primeiro. É mais ágil, concordo, mas, está sujeito a falhas que podem não ser detectadas. 
O mais triste é que dentro desses trens costumam seguir dois agentes de segurança para dar suporte, mas, parece que  não há uma comunicação deste agente com quem comanda o trem, com o CCO e, se há uma comunicação com a central de monitoramento e segurança do Brás, essa é bem falha, pois até mesmo um deles foi ferido a ponto de estar internado.

Aliás, quando se fala em opiniões, essa é a parte onde vou comentando, dando meu ponto de vista, vi comentários de usuário que tem noção do motivo que pode ter ocorrido aquilo e, ao invés de usar do conhecimento, de se "enturmar", botar o que sabe pra acalmar as pessoas quase esteve tacando pedras junto com os outros. Outros, pedem uma lei que possa punir. Há até leis, pois, falamos de uma empresa estatal, dano ao patrimônio público, se identificado, acusado formalmente e que haja um inquérito nisso, a companhia ganha a causa, mas, ferrar a vida de um trabalhador ferrado por uma falha dela realmente vale o preço que ela gasta designando profissional da área jurídica? Se pensarmos assim, não vale, nem ao menos como lição.
O que vale como lição é que urgentemente a companhia precisa conscientizar seus usuários de suas melhorias, com campanhas nas escolas,  centros culturais e principalmente, nas empresas pois são para as empresas que vão as pessoas que todos os dias usam a CPTM estão nela a trabalho.

Tenham uma boa semana!

*Com informações do Portal R7,Diário do Grande ABC e Comunidade Orkut: "CPTM - Você Também Anda!"
Imagens: Arquivo Pessoal
²Reiniciar: na verdade, o nome correto do termo é RESET, do inglês reiniciar, que no trem reinicia todas as funções da composição. Reinicia desde o computador de bordo, registrador de eventos até itens de conforto do salão de passageiros e cabine do maquinista. 

Metropolitano ou Urbano: Qual DEVERIA ser o nome do Metrô Paulistano?

*Do Vida Sobre Trilhos

Bons dias Senhores Usuários!

Metropolitano ou Urbano, são palavras diferentes com sentidos que levam a entendimentos iguais. Mas, seria correto empregar Metropolitano no nome do Metrô? Vamos entender algumas coisas:

METROPOLITANO: adj (metrópolis+ano²) Que pertence ou se refere à metrópole. sm 1 Prelado de metrópole em relação aos prelados seus sufragâneos. 2 V metrô. Área metropolitana ou centro m.: diz-se de uma grande cidade e núcleos de população vizinhos: A área metropolitana de São Paulo.

Extraído do Dicionário Michaelis, em 6 de Julho de 2010.

URBANO: adj (lat urbanu) 1 Relativo ou pertencente a cidade. 2 Habitante da cidade, em oposição a rural. 3 Característico ou próprio da cidade. 4 Civilizado, polido, cortês, afável. sm Reg (São Paulo) Soldado de polícia. Antôn (acepções 1 e 3): rural; (acepção 4): descortês.

Extraído do Dicionário Michaelis, em 6 de Julho de 2010.

Em conceito básico e conforme os significados, Urbano se refere a cidade. Metropolitano se refere não só a cidade mas também a seus bairros e além de suas fronteiras, as cidades que estão ao seu redor. Sendo assim, o correto a se dizer seria que a Companhia do Metropolitano de São Paulo deveria se chamar Companhia do URBANO de São Paulo, pois, o sistema nunca se concretizou como Metropolitano realmente, diferente de outras companhias metropolitanas mundo afora.

Para se ter uma ideia, o Metrô de São Paulo já teve projetos ainda quando se nomeava as linhas por regiões de chegar a Guarulhos (Antiga Norte - Sul, atualmente, Linha 1 - Azul) e, mais recentemente, uma previsão foi publicada em um manual operacional do ano de 2006 onde a linha 4 - Amarela, administrada pela ViaQuatro, chegaria até o munícipio de Diadema, o que não irá se concretizar já que nos mapas de linhas em obras a estação não consta nem mesmo em projeto.

Quando pensamos nessas possibilidades, o Metrô sim se tornaria metropolitano. O sistema em São Paulo que tem Metropolitano e se confirma realmente é a CPTM.

Comentários do Autor

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Tenham uma boa semana!

*Com informações do Dicionário Michaelis On-Line e Wikipédia.
Fotos: Arquivo Pessoal.

Cena Interessante com Trens: Homem Aranha 2

*Do Vida Sobre Trilhos
Bons dias senhores usuários!


Não é comum o que faço hoje, mas, vendo a reprise global do  "Homem Aranha 2", lembrei-me da cena de luta entre o Aranha contra o Dr. Octopus. Como esse blog fala de trens e uma composição BUDD semelhante a essa que circula no Metrô da Cidade de Nova York:





Outro grande detalhe: se for parecida com a composição linkada, a mesma é datada de 1964 e saiu da frota operacional (baixada) 4 anos após o lançamento do filme.


Tenham uma boa semana!

*Com informações da Wikipédia (Em Inglês e Português), New York City Subway.

Fotos: Doug Grotjahn

Um ano. Estamos indo cada vez mais longe

Blog completa 1 ano de postagens, relembrando o que passou pelo blog e o que foi concretizado

*Do Vida Sobre Trilhos

Bons dias senhores usuários!

Parece que foi ontem... Mas, a primeira postagem desse blog surgiu oficialmente no dia 02 de Julho de 2009. Aliás, um verdadeiro por acaso. 

Tudo começou em uma quarta-feira de junho. Nessa época, eu era operador de telemarketing de uma central no bairro da Luz e, diferente do comum para meus dias após o trabalho, fui para a faculdade, provavelmente para finalizar alguns compromissos acadêmicos, uma entrega de trabalho talvez e um pequeno estande do governo do estado estava sendo montado para um pequeno evento notável da CPTM. Ao questionar os agentes operacionais, soube que ali seria realizado um evento sobre a nova estação de São Miguel, que seria construída mais próximo a praça Pe. Aleixo Mafra, a "Praça do Forró". Devido a ser um potencial ponto turístico devido a capela datada do século XVI que mantém características de construção originais (feita totalmente em taipa de pilão), a nova estação trará aos usuários mais conforto e acessibilidade. Dentre as pessoas presentes, estariam o presidente da CPTM Sérgio Avelleda, o subprefeito de São Miguel Paulista Décio José Ventura e, na época então, o governador de São Paulo, José Serra.

No dia seguinte, o dia do evento, cheguei MUITO atrasado no local. Por sorte, estava no local, o líder do PSDB na Assembléia Legislativa e ex-subprefeito de São Miguel Samuel Moreira. Atencioso, conforme o que sabia, foi me respondendo. O que não pode responder por estar além de seus limites, passou a bola para o chefe de estação no período vespertino, esse, porém, eu não pude saber quem é exatamente.

Porém, isso foi o primeiro fato e evento notável que me motivaram desde uma palestra sobre blogs e redes sociais ministrada pela jornalista e blogueira profissional Liliane Ferrari. Também foi ela quem me inseriu a ideia de ter um Twitter e usá-lo de forma a divulgar o blog. Não só consegui divulgar o blog como encontrei diversas pessoas que ajudaram a fazer esse blog mais cheio de novidades, notícias e ainda fiz colegas e amigos. Alguns deles colaboram diretamente e outros indiretamente. Os que sigo e me seguem são esses exemplos. Até mesmo, antes do Twitter oficial da CPTM, o presidente se arriscou a estar no Twitter. Abandonou o mesmo devido a alguns vazamentos de informações pessoais e excesso de atribuição de responsabilidades da operação da companhia a ele, o que diretamente não é de sua alçada. Mas, apesar da curta estadia, soubemos que o Sérgio Avelleda é uma pessoa comum, gosta de boa comida, tem uma agenda lotada e, para realizar uma espécie d "controle de qualidade", circula sempre que pode pelas linhas administradas pela CPTM. E, foi o presidente que mais tem aberto a companhia a seus usuários.

E falando neles, um dos primeiros usuários que chamaram a atenção, foi a lenda, o crítico ferroviário, o grande usuário da linha 10 - Turquesa, o Mauaense. Não era um simples usuário, sempre deixou claro saber o que estava falando. Bebeu em todas as fontes possíveis para, mesmo que de longe, ter certo conhecimento técnico. Nos casos extremos, perguntava a quem ele seguia e sabia que tinha conhecimento para matar sua dúvida. Sua identidade permanece oculta até os dias de hoje. Foi um dos poucos perfis "pessoa física" que a CPTM seguiu e, em muitos casos, teve seus tweets retuitados por ela, já que ele tinha informações da situação das linhas, identificava problemas na operação e recebia sempre que se fazia necessário, feedback sobre seus questionamentos.

Dentre as pessoas que ele passou a seguir, estava uma pequena barnabé de Santo André, trabalhadora, esforçada e apaixonada por história e ferrovias e as duas juntas. A Raquel foi uma das pouquíssimas mulheres que chamam a atenção. Não por beleza física, intelecto, mas, por gostar de trens. Fato raro e quase inexistente num meio tão masculino. A paixão dela se justifica: seus avós fizeram parte da história de Indaiatuba, inclusive, o nome de sua bisavó está em uma escola. Sua admiração não está somente no material rodante, na tecnologia embarcada e como a operação funciona. Está também no que é físico, no patrimônio imóvel: as estações. Do que seria um trem se ele não tivesse onde parar? O que seria das cidades por onde os trilhos passam sem locais onde se possam carregar os trens e levar essas cargas a seus destinos? Pois bem, fica marcado na história e nos costumes da população.

Além dela, outras pessoas surgiam comentando sobre situações ocorridas no dia-a-dia dos trens, um blog que acabei encontrando servia de referência as minhas postagens: O Blog do Metrô de São Paulo. Era um blog não oficial da Companhia do Metropolitano de São Paulo, tinha 2 idealizadores que postavam quase que diariamente notícias sobre o que acontece no Metrô e nos sistemas de transporte da região metropolitana de São Paulo. Para a minha tristeza e para quem acompanhava,  o blog saiu do ar por motivos não explicados e, quando me dei conta que não havia mais atualizações no Twitter, provavelmente, o blog já tinha saído do ar há muito tempo.

Por isso, ao festejar esse 1 ano no ar, tenho pra mim que manter-se interessante num assunto tão específico a ponto de receber elogios de engenheiros, técnicos, encarregados operacionais e, um marcante de um usuário ao dizer que o que eu escrevo é sincero e verdadeiro, pois digo com palavras simples e demonstrativas de como é a rotina da ferrovia, é uma vitória. E todos que terão chegado a esta parte da postagem fazem desse blog vitorioso porque sempre quis ver o que o usuário vê e quis conhecer. Hoje completa-se 1 ano, mas, esperamos por outros 2, 4, 8, 16... E assim em diante!

Acessem sempre que possível pois esse mês é especial e conteúdos especiais serão postados!

Tenham uma boa semana!
*Fotos: Arquivo Pessoal