quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Um trem sem alma

Linha 4 - Amarela

Do Vida Sobre Trilhos

Bons Dias Senhores Usuários!



Foto: Italo Silva/ Supra S9 News
Depois de uma terça terrível, uma inaguração com desconforto generalizados quando a imprensa foi solicitar ao governo explicações sobre o ocorrido na linha 3, na quarta um novo problema na suspensão fez com que fossem evacuados 3 carros de uma composição, Serra e Geraldo Alckmin fazendo corpo-a-corpo na linha 2 e eu, resolvendo problemas tenho uma ideia genial: conhecer a, até então, "misteriosa" e hi-tech linha 4.
Clique na imagem e veja as sugestões dos deputados




O acesso se dá pela integração pela estação Consolação que se liga por esteiras a estação Paulista. O acesso pra quem vem da rua é feito na Consolação, onde critícos diversos sempre dizem que uma confusão pode ser resolvida com a troca dos nomes, tornando Consolação estação Paulista e vice-versa. Mas, isso ainda pode ser analisado, assim como deputados que andaram votando mudanças em nomes de algumas estações do sistema e a mesma poderá num futuro não muito distante estar entre estas.


Mas, vamos justificar o título desta postagem.
Italo Silva/ Supra S9 News
Ao chegar no local de embarque, ao ver as portas de estação abertas já dá uma grande impressão de alta tecnologia, o que realmente é, pois elas se fecham primeiro em seguida as portas do trem. No trem, o salão de passageiros é ultra confortável: tem ar condicionado, bancos acolchoados (usando o padrão dos trens da CPTM, o que no Metrô nunca foi utilizado). O sistema "OPEN GANGWAY" (passagem livre) também é a grande sacada do trem que, o paulistano acostumado a andar de ônibus bi e/ou articulado estará bem acostumado a ver, e passar do primeiro ao último carro de um trem sem condutor é estranho. A "TV de Baiano" (apelido dado aos 1400 da CPTM quando este tinha janela do carro frontal "livre" para o usuário) é a grande atração para o usuário que pode ver um grande trecho de túnel. Túnel, sim, nada além de um extenso túnel e ao final dele, sempre que nos aproximamos, temos a visão da gare da estação (na minha humilde opinião, a gare da estação Paulista ainda é mais bonita do que a da estação Faria Lima).
Foto: Italo Silva/ Supra S9 News

Quatro viagens no final da operação comercial que, por ter uma duração muito curta, (das 9h às 15h) mais lembra uma operação assistida, porém, tarifada. E eis que descubro um segredo do TUE ROTEM: apesar de contar com o sistema CBTC com Driverless (Comando de Trem Baseado em Comunicação sem a presença de operador de trem), ele possui um sistema de comando. E mesmo a linha em um primeiro momento sendo o ódio do sindicato dos metroviários, é possível observar que há sempre 1 ou mais funcionários dentro de cada composição dando suporte de segurança e fazendo a comunicação aos usuários, caso essa se faça necessário. 
A falta do operador de trem acaba com a frieza que existe nessa relação usuário/ Operador deTrem ou Maquinista. Os funcionários sempre presentes podem estar ali sempre para atuar e dão uma sensação de confiança ainda maior. Mas, ainda tem uma coisa que faz esse trem ser sem alma: ele não tem placa. Sem placa, não remete a fabricante, não remete à pessoas que nele trabalharam e o fizeram para ali circular. Ele passa realmente a figura de um "trem fantasma" que, ao perguntar a um usuário "Ei, não teme ao saber que não há ninguém comandando esse trem e ele seguir tão rápido? " e este mesmo cair aos risos, nervosos risos, sem uma boa resposta pra justificar se tem medo ou se aquilo já se tornou cotidiano para ele.
Gare Estação Paulista/Foto-Italo Silva/ Supra S9 News
E se fosse na linha 3? Será que o usuário estaria pronto para enfrentar sem medos trens sem operadores? Pois o que houve na última terça, mesmo muitos sabendo que, mesmo sem o sistema driverless implantado na linha 4, o Metrô pode operar num todo sem um operador atuando para impor velocidade e frenagem. Uma das funções do Operador de Trem é manter a segurança quando o trem opera no modo automático (modo este que no horário do ocorrido era usado) e lá foi verificar um problema. O que hoje, em todas as linhas, com operador ou sem operador, falta na CPTM, no Metrô, na Supervia, na Trensurb, na CBTU e suas STM's faltam é SIMULAÇÕES DE SITUAÇÕES-RISCO com usuários presentes. Vendo um comentário, todas as companhias veem que precisam de investimento, expandir, aumentar e renovar frota, mas, investir no comportamento do usuário em situações de risco também é necessário. A linha 4 e a 5 são as mais seguras para o usuário desembarcar na via (devido a não adoção do terceiro trilho e sim da via aérea) e na linha 4 há uma esteira para o desembarque dos usuários. Também há as passarelas comuns nos túneis ao lado dos trens, mas, torna-se mais fácil caminhar na via com essa "facilidade". O que esperar agora dessa linha é que não aconteça o mesmo que a linha 2, que esperou muito tempo para "crescer inversamente" (ela praticamente surgiu no centro e depois migrou para o bairro), mesmo que todo seu trajeto já esteja em obras, pois essa é uma PPP (Parceria Público-Privada).


Tenham uma boa semana!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Trem Cobrasma perde sinal de portas e causa "Efeito Dominó na Linha 3 do Metrô de São Paulo

Operador de Trem sai para verificar o problema, usuário se assusta e aciona irresponsavelmente dispositivo "botão-soco" e inicia desembarque dentro do túnel da Sé


*Do Vida Sobre Trilhos


Bons Dias Senhores Usuários!


"Hoje as 7h35 aproximadamente a composição 309 que estava a leste de PSE1 perdeu sinalização de portas, o OT atendendo a solicitação do CCO foi verificar o problema, no momento que ele verificava um usuário no mesmo trem atuou o botão soco do lado oposto a plataforma de emergência, o trem que passava ao lado na hora avisou o CCO que desenergizou a via imediatamente para garantir a integridade de alguém que viesse a descer na via(...)". 
Com essa frase, um  Operador de Trem (OT) descreve bem o que o ocorreu na manhã desta terça (21). Devido a linha 3 ser uma das linhas com a maior taxa de ocupação do m² (11 pessoas/m²), o desespero se auto-justificaria. Porém, o usuário também se desesperou a toa.
Divulgação/Portal G1
Hoje, um usuário, ao acionar um botão onde o Metrô de São Paulo põe inteiramente a responsabilidade e, principalmente, a confiança de seu acionamento no usuário. Este deve usá-lo em caso de extrema emergência, como usuário casos de mal-súbito (nome genérico para identificar qualquer problema relacionado a hipoglicemia, diabetes, problemas respiratórios, intoxicações alcoólicas que possam a vir causar problemas a outros usuários dentro do carro de passageiros). E, ainda, não é o mais recomendado, pois o Metrô paulistano é projetado para ter curta distância entre suas estações, tanto hoje que, uma de suas imagens mais impactantes, a dos usuários atravessando o elevado entre as estações Pedro II e Brás é uma distância de 1.200mts, muito pouco se avaliar outros trechos se compararmos as distâncias que a CPTM percorre.
Devido a um usuário abrir a composição, a que vinha em sentido oposto logo entrou em contato o mais rápido que pode com o centro de controle operacional (CCO) pedindo para desenergizar a via, pois catástrofe poderia ser maior, já que o Metrô usa de corrente contínua e terceiro trilho na energização de seus trens e se alguém caísse na via não seria um choque e um "voo" para longe, a pessoa ficaria presa ao trilho até que não tivesse como conduzir eletricidade por seu corpo. E como "dominó empilhado, todas as pedras foram sendo derrubadas gradativamente". CPTM, SPTrans e a Radial Leste sofreram com as consequências da falta do Metrô durante este dia.
O diretor de operações do Metrô, Conrado Grava de Souza esteve durante a manhã acompanhando a situação e ao vivo anunciou a rádio CBN às 10h14 que o primeiro trem havia voltado a circular. Situação totalmente normalizada às 12h. Os trabalhos para verificar vidros quebrados devido algumas janelas não serem de emergência, vidros de trens que possuem ar condicionado e acabaram "pagando o pato", vidros de portas que foram vandalizados sem aparente motivo foram iniciados e concluídos até início da noite. O pico de amanhã estará garantido com toda a frota própria, hoje, o pico da tarde precisou receber trens da linha 2 -Alstom Milênio- para permanecer operando com alguma normalidade.
Durante inauguração da nova estação Tamanduateí Metrô/ CPTM, Alberto Goldmann disse que abrirá sindicância para apurar se a blusa que ficou presa na porta foi realmente por mero acaso ou havia algum propósito, afirmação essa que fez Soninha Francine ser bombardeada no Twitter, afirmando que houve um ato de sabotagem visando prejudicar a capanha de José Serra a presidência. E as prerrogativas clássicas, de que no estado de São Paulo, o candidato tucano seria o vencedor já no primeiro turno e esse seria um processo oposicional para diminuir o PSDB como partido e o Metrô como sua marca na capital.


Tenham uma boa semana!
*Com informações da comunidade Orkut "Metrô - Você Também Anda!"

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Problemas de tração em trem da CPTM gera vandalismo em Guaianazes











Devido a falha do trem, circulação feita em via única gerou maiores atrasos; Transeuntes aproveitando-se do fechamento da estação para conter excesso de usuários nas plataformas, aproveitam-se para vandalizar estação

*Do Vida Sobre Trilhos
Bons dias Senhores Usuários!

Quarta-feira, 15, às 5h40 da manhã, um trem série 2000 (internamente identificado pelo prefixo K11) sofreu uma avaria em seu sistema de tração nas proximidades da estação José Bonifácio. O trem que rumava sentido Luz parou e ocupou uma das vias. Devido a essa ocupação, o intervalo entre as composições da linha 11 que fazem o Expresso Leste, ligando Guaianazes a estação da Luz saltou de 5 minutos para 10 minutos. Com isso, o acumulo de usuários nas plataformas que, devido a Guaianazes já ser uma estação de grande movimento e sua demanda aumentar a cada dia e as mesmas já não suportarem tanta gente, fecharam a estação, que assim permaneceu das 6h30 até as 7h15. 
Durante este período, usuários que não puderam acessar a estação forçaram a entrada e policiais ferroviários fizeram frente para evitar maiores problemas. Mas, esforço em vão, pois o número de policiais ferroviários era pouco frente ao de usuários que partiram para o vandalismo desnecessário, usando de pedras e pedaços de ferro. Segundo fontes, até rojões foram usados durante esta depredação. O presidente da Companhia Paulista deTrens Metropolitanos, Sérgio Avelleda, compareceu a estação para prestar esclarecimentos: "O sistema está super lotado, nós nunca negamos isso, mas, trabalhamos fortemente para reduzir esse desconforto".

Vândalo foi identificado e pode ser preso

No mesmo dia, um dos responsáveis pelo vandalismo na estação Guaianazes foi identificado graças as imagens da imprensa. Ele foi detido e levado até a Delegacia do Metropolitano para prestar esclarecimentos. Durante confusão da estação 6 funcionários se feriram e junto ao vândalo registraram fizeram parte do boletim de ocorrência. Falou-se, porém, não foi oficialmente confirmado que usuários também teriam se ferido durante a confusão.

Linhas 7 e 8

Nesta manhã de segunda-feira, as linhas 7 e 8 também tiveram problemas. Na linha 7 - Rubi, o problema ocorreu com a sinalização nas proximidades da estação Franco da Rocha, fazendo os trens seguirem em via singela até 5h15. O acúmulo de passageiros nas plataformas foi inevitável. E quando se resolveu o problema na linha 7, começou o da linha 8 - Diamante, gerando atrasos. Nenhuma ocorrência de vandalismo foi registrada oficialmente.

Comentários do Autor

Como se já não bastasse o preconceito que a população da Zona Leste sofre de preconceito por outras camadas da sociedade, na cidade de São Paulo por quem vive em outras regiões principalmente aquelas servidas por Metrô, um fato como esse só vem a piorar e colocar uma imagem mais obscura e passar uma impressão sobre como se portam as pessoas por lá
Reprodução/TV Globo
Exemplos como este aí, que foi prestar explicações do porquê tacou essa pedra e poderia ter desde ferido gravemente até matado alguém caso acertasse essa pedra numa pessoa.
Punição exemplar nesse que não é o USUÁRIO DO TRANSPORTE PÚBLICO e sim um TRANSEUNTE, UM APROVEITADOR DO CALOR DA SITUAÇÃO, "DA TENDA DE CIRCO" ALI ARMADA ONDE ELE E UNS OUTROS RESOLVERAM DAR SHOW a equipes de TV que por ali estavam.
Mas saibam, ferreofãs, leitores deste blog: a zona leste é um bairro com gente de bem, que lota aqueles trens para ir trabalhar.
Reprodução/TV Globo
Com lugares que, com um pouco de paciência e conversa, ótimos para visitar com enfoque turístico. Esses cidadãos sequer parecem trabalhadores pelo modo que se trajam, denota-se a seriedade neles usando bermuda e calça de moleton para ir trabalhar, mesmo que alguns me digam que eles vão trocar de roupa ao chegar a seus destinos.
Mas, gente séria, não vandaliza.
Gente séria preserva o patrimônio público, o patrimônio que ele paga pra ter, pra manter e pra obter. Se fossem sérios mesmo, observem as expressões nos rostos destes personagens: vê indignação? Revolta? Procurando o responsável pela estação para formalizar uma reclamação? Ou, a mesma imprensa que registrou isso e usou a câmera e o repórter como instrumento? NÃO! O cara prefere fazer o que é errado!
O que se espera disso é uma punição exemplar para o vândalo identificado e levado a Delegacia do Metropolitano, o que aliás a Secretária de Transportes Metropolitanos poderia autorizar e dar uma autonomia onde a CPTM pudesse criar uma dessas em cada uma de suas estações-terminais. Já que, problemas assim surgirão, por quê não registrá-los e forçar a cumprir com mais rigor a lei dentro das dependências da CPTM.
O que houve em Guaianazes faz valer algo muito simples: o dinheiro gasto nesses reparos desnecessários poderia ser gasto em melhorias na superlotação desta mesma lotação. Quem perde é sempre quem realmente dá valor ao transporte, mesmo no aperto e que por ele, na maior parte das vezes uma companhia de transporte trabalha: o trabalhador que usa todos os dias.

Tenham uma boa semana!

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