segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Um trem que não era de Alta Velocidade - "Causo" Ferroviário

Boas Tardes!


Neste ano teremos como "coluna" mensal os "causos e contos da ferrovia". Pra que ela seja sempre fresca de contos legais, interessantes, verdadeiros (ou não, já que falamos de "causos" da ferrovia, nem sempre todo causo é verídico) depende da colaboração de vocês enviando esses causos para o e-mail do blog, o vstrilhos.blog@gmail.com. Pode falar conosco via twitter para mais informações, só seguir ou dar um reply para o @vstrilhosNós vamos ler, curtir e os melhores serão publicados. 
Já vamos começar bem com um causo do Diogo Vianna, célebre ferrofã, membro das comunidades "Você Também Anda!" e "Sociedade Amigos da CPTM".


O "Trem-Bala" - Foto: Italo Silva/S9 News
O "causo" que Vianna nos conta ocorreu quando circulava pela linha 7 - Rubi, no começo de Dezembro passados e ouviu este diálogo entre dois senhores:
- Rapaz, os caras colocam trem novo e não põe o "bicho" pra correr! - disse o primeiro em referência ao trem que estavam, um CAF 7000.
- Mas esse aqui tá em teste...
- Ah é, macho?
- É, esse trem vai fazer viajem para o Rio de Janeiro!
- Eu não sabia não... Achei que ia ficar aqui, homi...
- Não, aqui vai ficar os velho mesmo.
- Rapaz...
- Aí esse trem vai andar a mais de 300 por hora, já pensou pegando ele pro Rio?
- Tenho coragem não, homi!
- Pois é, mas isso é só la pra copa, quando a CPTM fizer a linha do trem bala (...)
Tenham uma boa semana! 

Expansão São Paulo: Parte 1 de 4 - Satisfação dos usuários dos transportes

Pesquisa realizada pela ANTP aponta Metrô como meio de transporte mais querido pelos paulistas e mais confiável; EMTU se destaca por veículos limpos e conservados mas emperra na integração; CPTM cresceu positivamente em todas as linhas porém ostenta destaque de ser lenta e possuir veículos velhos e mal conservados

Do Vida Sobre Trilhos*

Bons dias senhores Usuários!

Neste mês, a secretaria de transportes metropolitanos divulgou pesquisa que realiza todo ano para verificar como anda a situação dos transportes sob sua tutela (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos - CPTM, Companhia do Metropolitano de São Paulo - Metrô e Empresa Metropolitana Transportes Urbanos - EMTU), da capital -por meio da SPTrans que tem as concessionárias das 9 regiões da capital + corredores municipais- e ônibus municipais das 5 regiões metropolitanas (por amostragem). A pesquisa da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) realizada pela Toledo & Associados, empresa especializada em pesquisa de mercado, fez duas pesquisas: uma qualitativa, onde pesquisadores visitaram residências e utilizaram do critério onde quem atender for maior de 16 anos poderia responder a pesquisa num comparativo entre passado, presente e futuro para ver com os usuários de transporte se houve ou não evoluções.
Em novembro, outro passo da pesquisa foi dado com 1306 pessoas na capital e outras 1034 nos domicílios da região metropolitana de São Paulo. Nas pesquisas intencionais, onde cada empresa foi alvo, houve a divisão seguinte: usuários de trens (Metrô e CPTM) - 563; Corredor São Mateus - Jabaquara - 100 entrevistas.


Os dados obtidos na pesquisa


A pesquisa foi conduzida entre usuários com as seguintes características: Entre 20 e 49 anos, maioria de mulheres (51%), ensino médio completo/ superior incompleto eram maior parte em escolaridade (36%), 55% são casados, fazem parte da nova classe C (50%) e estão ligados na internet (50% possuem computador na residência, desses, 93% tem acesso à internet onde 7% são acessos discados e outros 93% de banda larga.
É um público bem informado por excelência. Utiliza a internet como fonte de informação geral e também para saber como anda a situação do trânsito, do tempo e, também como já se observa há tempos com a popularização do Twitter e outras redes sociais, enxerga que nesse meio pode e quer obter informações sobre a situação dos transportes públicos. É um público que aponta no transporte e no trânsito uma grande preocupação: foi a quinta maior preocupação citada do paulista (34%) e por 9% dos entrevistados foi citada como preocupação número 1.


O que há de melhor nas empresas da STM


Segundo os paulistas, o que há de melhor em São Paulo é o Metrô.  A satisfação com o sistema e as 4 linhas que opera (1, 2, 3 e 5) é enorme. Dos entrevistados, 74% veem que o sistema evolui a cada ano que passa e melhor avaliam por isso.
Seguem nessa boa avaliação CPTM, os ônibus paulistanos (SPTrans) e os sistemas metropolitanos da EMTU. Os principais destaques citados no Metrô são os veículos novos, limpos, seguros e seus funcionários são atenciosos e bem preparados. Na CPTM, o bilhete integrado e a segurança são os grandes destaques e na EMTU, a limpeza e a conservação dos veículos são os destaques positivos. Os sentimentos que cada meio despertou (ou não despertou) se assemelham. O Metrô despertou mais sentimentos: segurança, respeito, satisfação e bem estar/ conforto. CPTM despertou o sentimento de segurança, por se tratar de um meio de transporte com tecnologia de sinalização baseada no princípio de segurança ao usuário dos trens e do maquinista. Já os ônibus da EMTU não despertaram nenhum sentimento positivo.


O que há de pior nas empresas da STM


Indicações do usuários para o desconforto nos transportes estão na falta de linhas de ônibus, falta de veículos/ frota insuficiente para a demanda, a frota é velha e mal conservada. Fatores frota é quesito válido pra Metrô e CPTM, esta última desde o início do programa "Expansão São Paulo" teve séries inteiras e frotas de linhas mandadas para reforma, novos trens foram adquiridos, alguns em processos suspeitos (próximas postagens), outros estão em entrega, porém, segundo consta, com atraso nos prazos.
Já no Metrô, a situação é diferente: a frota  da linha 2 - Verde, antes "inexistente" (pois sempre dependeu de parte dos trens da linha 1 - Azul para compor sua frota) nesse processo hoje tem trens para chamar de seu. Dezesseis composições foram adquiridas e somadas a outras unidades já existentes. Licitações foram feitas para reformar toda a frota das linhas 1 e 3, que foi dividida em quatro lotes, dos quais, o primeiro trem do lote dos modelos Cobrasma já se encontra em testes no pátio de Itaquera.
Outro ponto negativo indicado pelo usuários é o trânsito e a insuficiência do transporte coletivo no horário onde ele é mais necessário -o horário de pico- e se houver falhas, as reclamações pioram. Essas falhas se concentram em reclamações de velocidade reduzida no Metrô ou falhas na CPTM. Intempéries climáticas vem em seguida, já que as linhas 10 - Turquesa e 7 - Rubi ainda sofrem com as enchentes que atingem pontos próximos a rios e córregos próximos a via férrea.
Nos destaques indicados pela pesquisa, o Metrô "tropeça" na sua superlotação (onde temos a linha 3 - Vermelha com o índice que se aproxima do dobro do coeficiente máximo do conforto, num espaço onde deveria se levar até 6 pessoas/m2, levam-se 11 pessoas/m2) e falta de linhas, ou seja, nem todos os pontos da cidade terem uma relativa cobertura por linhas e que essas possam se integrar, fazem com que ainda haja um pé atrás com esse modal.
Na CPTM
E a EMTU ficou com os destaques negativos mais chatos. Por licitar a concessionários e estipular números mínimos (o que algumas vezes não atendem as expectativas reais dos usuários nas linhas metropolitanas que usam), seus destaques negativos foram de ter poucos veículos nas linhas ou o que acaba acontecendo: veículo demais numa linha, de menos em outra e essa linha ser problemática por enfrentar problemas com trânsito, o que é válido ressaltar depende muito da concessionária. A falta de linhas ou linhas alternativas para os mesmos destinos, mas, partindo de locais diferentes é um grande incômodo.
No Alto Tietê há anos discute-se uma linha partindo da cidade de Suzano até Guarulhos, a segunda maior da região metropolitana, onde o itinerário seja cumprido em menos das atuais três horas que são necessárias atualmente utilizando-se da linha 038 - Metrô Armênia via Dutra, partindo de Mogi das Cruzes, atravessando Suzano, Poá, Itaquaquecetuba, passando por vários bairros da zona leste como Itaim, São Miguel Paulista, Ermelino até adentrar a rodovia Presidente Dutra e a cidade de Guarulhos. Outro grande impecílio na vida dos usuários da EMTU também é a existência de um bilhete, o Bilhete do Ônibus Metropolitano - BOM, mas a dívida que esse tem com a integração. Cobrado na gestão passada do secretário dos transportes metropolitanos, Jurandir Fernandes, este poderá enfim integrá-lo ao sistema sobre trilhos.


Linha a Linha
Metrô
Linha 1 - Azul


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 2003 a 2009
Entre 2003 e 2006 sempre com avaliações "Bom/ Ótimo" acima da casa dos 90% e média entre 87 e 91%. O cenário de avaliação decresce um pouco a partir de 2007, variando entre 82 e 85% com saldo entre 78 e 80%. Nesta última pesquisa, os percentuais ficaram da seguinte maneira: 85% - Bom/ Ótimo; 5% - Ruim/ Péssimo e saldo de 80%.


Linha 2 - Verde
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 2003 a 2009


Com a frota maior, novas estações, logo, maior alcance e mais gente usando a linha de diferentes opiniões e classes sociais explicam também que entre 2003 e 2006 a avaliação "Bom/ Ótimo" saiu da casa dos 90% e de 2007 a 2010 mantendo-se entre 84 e 89%. Nesta última pesquisa, os percentuais ficaram da seguinte maneira: 84% - Bom/ Ótimo; 6% - Ruim/ Péssimo e saldo de 78%.


Linha 3 - Vermelha
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 2003 a 2009


Entre 2003 e 2006, manteve sempre números de "Bom/ Ótimo" entre 88 e 91% -seu ápice em 2006. De 2007 até 2010, sua média caiu 11 pontos percentuais e o saldo atingiu 60%. Números da última pesquisa: 73% - Bom/ Ótimo; 11% - Ruim/ Péssimo e saldo de 62%.

Linha 5 - Lilás
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 2003 a 2009


Talvez a única linha que manteve bons saldos depois de sofrer uma queda brusca nas avaliações em 2008, se recuperar em 2009 e ser a única a ter crescido nas avaliações positivas nessa pesquisa. Números: 90% - Bom/ Ótimo; 3% - Ruim/ Péssimo e saldo 87%.


CPTM
Linha 7 - Rubi
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 2003 a 2009


Dentre as 6 linhas, esta é uma das que recebeu as piores avaliações dos usuários no período de 2005 a 2009, chegando a avaliação de "Ruim/ Péssimo" ser maior que "Bom/ Ótimo" em 2007. A recuperação só veio em 2010. Números: 50% - Bom/ Ótimo; 27% - Ruim/ Péssimo e saldo de 23%².


Linha 8 - Diamante
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 2003 a 2009


Num geral, a linha 8 sempre manteve médias de avaliação "Bom/Ótimo" entre 52 e 58% entre 2003 e 2008 quando decaiu em 2009 para 47% e subiu novamente em 2010. Números: 51% - Bom/ Ótimo; 28% - Ruim/ Péssimo e saldo de 24%.


Linha 9 - Esmeralda
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 2003 a 2009


Apesar de ser uma das linhas mais visadas e ser referencial no que o ex-secretário de transportes metropolitanos de "trem com qualidade de metrô" manteve percentuais entre 73 e 81% nas avaliações "Bom/ Ótimo" entre 2003 e 2006. Estranhamente, na época onde mais recebeu investimentos, foi modernizada e ganhou frota nova, estações modernizadas e, mesmo assim, decaiu no período de 2007 a 2010, com médias de 51 a 67% neste quesito. Números: 62% - Bom/ Ótimo; 22% - Ruim/ Péssimo e saldo de 40%.


Linha 10 - Turquesa
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 2003 a 2009


Das linhas que o programa Expansão São Paulo atenderia, visivelmente esta linha recebeu os esforços mais "sensíveis do que visíveis". A linha que nos picos tinha um dos maiores intervalos -cerca de 12 minutos- hoje conseguiu reduzir pela metade esse intervalo. E com a chegada das novas composições da linha 9, as composições da  série 2100 que lá estavam em formação de 3 e 6 carros passaram a servi-la, assim, não mais havendo necessidade de ter os trens da série 1100 para reserva operacional. Ao contrário da linha 9 que no processo do Expansão São Paulo sofreu quedas bruscas, desde 2003 até a última pesquisa, as médias permanecem boas: entre 58 e 67% das avaliações "Bom/ Ótimo". Números: 64% - Bom/ Ótimo; 15% - Ruim/ Péssimo e saldo de 49%.


Linha 11 - Coral/ Expresso Leste
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 2003 a 2009


A linha 11 - Coral foi avaliada nos dois serviços que presta: o Expresso Leste, que tange os serviços desta linha dentro da capital com intervalos reduzidos nos horários de pico e a linha, assim por se dizer, "tronco", que liga a cidade de Mogi das Cruzes partindo da estação Estudantes, atravessando as cidades de Suzano, Poá e Ferraz de Vasconcelos. Até 2005, as médias permaneciam entre 70 e 78% no quesito "Bom/ Ótimo" até que em 2006 houve a mais brusca queda na avaliação -chegou a 48%. Em 2007, uma recuperação acentuada, chegando a casa dos 60%, mas, sofrendo outra terrível queda no ano seguinte, nos patamares dos 45% e só voltando a crescer no ano seguinte. Números: 53 - Bom/ Ótimo; 22% - Ruim/ Péssimo e saldo de 31%.


Linha 11 - Coral
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 2003 a 2009


O trecho que compreende a estação Guaianazes a Estudantes, servidos por frota fixa de trens da série 4400 e em viagens diretas com horários previstos partindo da Luz e de Estudantes nas composições que prestam serviços no Expresso Leste. De 2003 a 2005 se concentram as suas maiores médias até sua primeira queda na avaliação positiva. Em 2006, avaliavam como "Bom/ Ótimo" 39% dos entrevistados. Em 2007 subiu expressivamente, mas, caiu novamente em 2008. Em comparação a 2009, a linha teve evolução nas médias, o que se deve muito pela adoção da padronização de uma frota somente e essa pouco apresentar falhas durante toda operação e as vindas e idas do trem expresso. Números: 55% - Bom/ Ótimo; 19% - Ruim/ Péssimo e saldo de 41%.


Linha 12 - Safira
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 2003 a 2009


Depois de anos sem acessibilidade, sem qualidade, sem trens confiáveis e limpos e sem segurança finalmente de 2007 em diante pode começar a sentir mudanças expressivas. O que já foi a pior linha da CPTM hoje é um referencial do que pode ser mudado - e pra bem melhor. Nem tudo ainda foi corrigido, mas, 30 anos de problemas de infraestrutura que essa linha tinha. Esquecida por diversos governantes, vista com preconceito por usuários e denunciada por jornalistas por ali circular "o trem da maconha", hoje conta até mesmo com monitoramento dentro de seus trens.
Antes de toda essa mudança se efetivar, as avaliações de "Ruim/ Péssimo" dos anos de 2003, 2005, 2006 e 2007 foram superiores a de "Bom/ Ótimo". Só em 2009 até a atual pesquisa que linha foi melhor avaliada, onde de fato os resultados do programa de expansão pra essa linha se consolidou. Números: 51% - Bom/ Ótimo; 27% - Ruim/ Péssimo e saldo de 24%.


EMTU
Corredor Metropolitano ABD (São Mateus - Jabaquara)

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 2003 a 2009



Apesar de não todo eletrificado e somente 20 anos após sua idealização ter chegado a Berrini, o corredor ABD (que também tem linhas que vão a Ferrazópolis) é muito bem avaliado por seus usuários. De 2003 a 2006, sempre com médias na casa dos 80% de satisfação. Em 2007, uma única queda pra 66% e daí até a pesquisa atual, manteve percentuais na casa dos 70%. Números: 70% - Bom/ Ótimo; 9% - Ruim/ Péssimo e saldo de 61%.


Ônibus Metropolitanos - Regiões


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 2003 a 2010
A EMTU se subdivide em 5 regiões: Leste(Área 4), Noroeste(Área 2), Norte(Área 3), Sudoeste (Área 1) e Sudeste (Área 5). Esta última que desde 2005 encontra-se em processo de licitação, já que as empresas habilitadas afirmam que os custos para operar no ABC são diferenciados das demais regiões. Você pode acompanhar mais aqui.Veja na figura abaixo a avaliação comparativa dos últimos dois anos:


A pesquisa  "Vida Sobre Trilhos/ Expansão SP"


O blog "Vida Sobre Trilhos" conduziu no período de Janeiro a Fevereiro deste ano uma pesquisa usando o Google Docs para avaliar a opinião do usuário quanto o que ele achou do programa. Ao todo, 15 respostas foram colhidas, como é uma enquete de múltipla escolha, não há um 100%, mas, sim a indicação dos termos mais votados. A pergunta feita foi baseada nos documentos divulgados no site do Metrô de São Paulo sobre os resultados até dezembro de 2010.
Clique para visualizar os resultados
completos
A pergunta-base era: "Nesses quatro anos, como você avalia o Expansão SP, até o momento?" As quatro (pois no terceiro lugar dos votos rolou um empate), a avaliação do que o programa trouxe de bom esteve concentrada em um "Positivo,tirou o atraso de mais de 30,mas faltam coisas a serem mudadas em todo o sistema" - 9 votos, seguido do "Negativo, pois o estado não investe o suficiente" - 7 votos e por fim Negativo, o PITU 2025 não será cumprido assim" e "Positivo,que não seja motivo de privatizar e unificar a(s) companhia(s)"- cada um com 5 votos.
A primeira e mais votada era de se esperar, pois não houve linha que não tenha recebido nenhum investimento, no caso da CPTM e do Metrô. Na EMTU, o que justificou também a primeira resposta foi a conclusão da segregação de pista do corredor ABD até o trecho Berrini. A segunda resposta mais votada até tem certa justificativa: nos últimos 16 anos foram construídos em média, 1,2 km de Metrô/ano, número inexpressivo para uma metrópole como São Paulo que cresce nos índices de poluição e pessoas querendo acessar a cidade em busca de oportunidades e essa tão deficitária em transporte sobre trilhos urbano que chegue a todas as localidades ou a uma distância considerável que o trajeto final possa ser feito à pé sem grandes desconfortos. O mesmo para o Corredor São Mateus - Jabaquara, apesar de bem avaliado deve muito nos intervalos quando cruza as localidades do ABCD, chegando inclusive a fazer com que os usuários esperem por até 1h30.
Quando cita-se o Plano Integrado de Transportes Urbanos - PITU, é de se imaginar sempre que todos os planos nele serão cumpridos até sua data futuro limite. Mas, pergunto: quantas linhas de metrô permaneceram com seu traçado original intacto desde seu planejamento original, sem sofrer influências do PITU? E quantas delas foram construídas e totalmente entregues no prazo celebrado pelo documento até hoje? Entre tantas outras que podem ser feitas.
Um dos pontos que sempre assustaram o paulista, até com algum motivo, seria a unificação das gestões da CPTM e do Metrô de São Paulo. Quando o então secretário José Luiz Portella assumiu cogitou-se a criação da "CPMS - Companhia Paulista de Metrô de Superfície". Hoje, ainda existe um risco de que este assunto entre em pauta novamente pelas mãos do atual secretário Jurandir Fernandes, pois a CPTM desde o final de 2010 vem com estudos para a implantação de trens regionais, logo, haveria assim um desmembramento do que é regional e do que é metropolitano.
Mas o plano ainda não terminou: ainda há obras contratadas na gestão passada a serem concluídas, trens a serem entregues, obras em andamento, seja de sinalização, energia, infraestrutura ou ampliação, o Expansão não acabou. Aguardar e ver o que esta nova gestão reserva aos modais ferroviários, se serão respeitados como foram depois de tantos anos no esquecimento ou serão colocados de lado, até que novamente alguém queira, seja por motivação política ou por aquecimento de mercado, investir na ferrovia de passageiros.


*Com informações da “Pesquisa de Imagem dos Transportes na Região Metropolitana de São Paulo” - ANTP; Foo Litorina: Alexandre Piscionato
²=Em determinados pontos da pesquisa, há incoerências matemáticas. Peço que desconsidere e faça as somas lógicas dos saldos.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Retrem 2010



Relembre os fatos que ocorreram nas ferrovias durante o ano de 2010 e o quanto o ano foi movimentado


Do Vida Sobre Trilhos*


Se houvesse um ano em que andar de trem foi algo além do básico, além do sufoco de enfrentar a superlotação comum pra quem usa o transporte sobre trilhos nos horários de pico, mas, saber que ver que esse tema, justo esse tema seria tratado com mais seriedade por quem é do meio, por quem não está, por quem gosta e entende e por quem procura informações, teve um ano cheio. Por isso, o ano de 2010 foi um ano recheado. Imprescindível não relembrá-lo com algumas manchetes, mês a mês, comentá-las e, se possível, fazer o máximo pra que possamos sair das fronteiras paulistas e rechear esse texto com informações dos sistemas mais importantes do Brasil. Então, pra todos que lerão este texto, desejo...
...BONS DIAS, SENHORES USUÁRIOS!


Janeiro
Como é praticamente de se pensar, o "mês de férias" do blogueiro. Mas, sabe-se que os trens não param. Ou até podem parar por causa de intempéries de causadas pelas chuvas comuns ao mês. As linhas que sempre sofrem (não estranhem se já tiverem visto durante o mês de Janeiro deste ano): Linhas 7 - Rubi e 10 - Turquesa, da CPTM, oriundas da São Paulo Railway. No caso mais específico da linha Turquesa, as cidades pelas quais ela atravessa (São Caetano do Sul, Santo André, Mauá e Rio Grande da Serra) tem características de serem cidades com vários morros e cortadas por córregos e rios, dentre eles, o Tamanduateí. Inclusive, Mauá e Santo André são duas das cidades que mais são atingidas.
O Governo sabe e já providencia obras no Tamanduateí, pois além de estragos na ferrovia, causa estragos nas cidades. Outra cidade que já causou grandes prejuízos devido as enchentes foi Poá. O córrego Itaim, que corta o munícipio, por diversas vezes prejudicou a operação na linha 11 - Coral no trecho Guaianazes/ Estudantes.
Enquanto isso, nem tudo são "tempestades terríveis": em Janeiro, o paulistano já se queixava menos dos sistemas de transporte sobre trilhos. Segundo pesquisa da Agência Nacional de Transportes Públicos (ANTP), em pesquisa contratada a Toledo & Associados, ao custo de R$ 154 mil, custo esse dividido entre os interessados, as empresas e sindicatos, CPTM, Metrô, SP Trans, EMTU, o Sindicato das Empresa de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SP Urbanuss) e Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado de São Paulo (SETPESP), a empresa com a melhor avaliação foi o Metrô, 82% de avaliação positiva. A CPTM apresentou 48% e logo abaixo, os ônibus municipais e intermunicipais (operados pela EMTU e o Corredor Metropolitano ABD da Metra) ficaram com os piores indíces, 40% (considerando que, muitos dos pesquisados também não vivem na cidade de São Paulo, logo, falaram dos ônibus de suas cidades também). E o Metrô, enfim, inaugurava a estação Sacomã. Uma das quais já chegava com o novo padrão das estações que o  Metrô inauguraria daí pra frente: ao invés de catracas, portas de acesso e nas plataformas, a novidade da porta de plataforma.
No Rio de Janeiro, um fato marcou profundamente e assustou os usuários do trens da SuperVia: um trem da concessionária percorreu 5 quilômetros entre as estações Ricardo Albuquerque e Oswaldo Cruz, sem parar na estação Deodoro, estas do ramal Japeri, um dos mais movimentados da empresa. Segundo uma das hipóteses mais prováveis, o maquinista, ao sair com autorização do Centro de Controle Operacional (CCO) para verificar uma falha elétrica, pode ter deixado a cabine aberta e facilitando o acesso para que alguém pudesse adentrar e iniciar movimentação do trem, o que segundo alguns usuários foi o que ocorreu e esta pessoa, ao ver que o trem entrara em movimento, o abandonou "a sua própria sorte". Logo tão rápido o maquinista pôde avisar o CCO, viabilizaram um modo de cortar a energia do trem e assim o pará-lo. A entidade responsável por fiscalizar as concessões de transportes no Rio de Janeiro, a Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp) somente, nos últimos dois anos aplicou 5 multas na SuperVia. E nada mais.
Já em Minas Gerais, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) parava as operações para uma greve. E parava totalmente, sem manter o mínimo operacional exigido em lei, o que iria ser levado a juízo pela companhia, já que isso era inconstitucional. O motivo da greve era um Plano de Cargos Salariais apresentado pela CBTU ao Departamento de Controle de Estatais do Ministério do Planejamento sem que este antes fosse apresentado e acordado em assembléia da categoria. A paralisação ocorreu dia 28 e prejudicou 140mil pessoas.


Fevereiro
O mês de fevereiro em São Paulo é fadado aos aumentos nos valores dos transportes metropolitanos. O bilhete unitário do Metrô e CPTM que, até então custavam R$2,55 passaram a custar à partir do dia 9 daquele mês R$2,65. E na EMTU, todas as tarifas também sofreram aumento considerável. Um exemplo é a tarifa dos ônibus 038 e 144, ambos partindo de Mogi e indo aos seus destinos finais (Metrô Armênia e Metrô Brás, respectivamente). A tarifa era de R$4,40 e foi a R$4,60. Mas, pra aliviar sempre há um jeito, até o dia 8 23h59 poderia ser feita recarga de até R$200... O duro é que, pra quem está entrando em fevereiromarço
A "Construcciones Y Auxiliares de Ferrocarriles" - CAF - que havia participado de uma licitação para escolher uma empresa responsável pela manutenção, revisão geral e renovação da frota com a entrega de 24 novos trens foi a escolhida. Como vencedora, optou por fornecer 36 novos trens ao invés de revisar a frota atual presente na linha 8 - Diamante (muito por questão da falta de peças de reposição dos trens).
O que deveria ser o clássico do futebol, onde dois grandes times da capital paulista se enfrenta, termina com um saldo negativo: 20 feridos e um morto, onde um desses confrontos ocorreu em frente a estação Prefeito Celso Daniel - Santo André, onde até mesmo os vidros da estação foram depredados e os policiais do 41º Batalhão tiveram que intervir para evitar maiores danos.
O Metrofor já vinha forte: em pauta, conseguiram um empréstimo para ampliar e ligar os bairros de Parangaba, Mucuripe e chegar ao destino final do Castelão, em Fortaleza. Na linha sul, as estações Juscelino Kubitschek e Padre Cícero.
Já na CBTU que, em Janeiro era quem fazia a greve e "lançava" seus usuários ao sistema de ônibus, agora é quem absorvia usuários dos ônibus. Durante greve dos rodoviários, o aumento nos embarques foi 32%, 18.400 usuários a mais no horário de pico.
E em fevereiro, "lembrei" dos poucos meses de vida do blog e das suas postagens. Muitas ainda sem o jornalismo-nato do blogueiro e sem a produção que estavam por vir em...


Março
Enfim, num dia complicado,estava eu voltando do hospital, de ônibus. Olho, um carro da polícia, passa "a mil". Nada demais. Outro carro. Alguma coisa, mas, nada tão demais. Então, o ônibus "trava" menos de uma quadra antes do ponto... Aí peço pra descer e vejo uma movimentação estranha na esquina. Quando vejo, todos aqueles carros de polícia que passaram por mim e o Expresso ali parado, esperando sabe-se lá o quê. Meu faro não me engana: algo interessante houve ali. Saquei meu celular e fiz o máximo para estar perto.E então, eis que saem do trem o Policial Ferroviário, o menor cercados por policiais que o agridem. Até ali estava na crença do "assalto suicida": roubar a estação e fugir de trem sem achar que não será pego. Até descobrir que a coisa foi mais embaixo. Um comerciante, do Parque Monte Líbano, bairro relativamente nobre em Mogi das Cruzes, próximo a delegacia da Polícia Civil, cemitério e o Serviço Municipal de Águas e Esgotos - SEMAE -, teve seu salão de cabeleireiros assaltado e levou um tiro na nuca. Na fuga, o menor que adentrou a estação Estudantes demonstrava comportamento estranho pra um usuário, logo, se denunciou e foi pego em Jundiapeba.
Neste mês, conheci pessoalmente e me surpreendi com o ex-presidente da CPTM e atual do Metrô de São Paulo, Sérgio Avelleda. Ele esteve em Suzano depois de um dia onde percorreu toda a linha 9 - Esmeralda verificando como andava as estações e ouvindo funcionários. Lá, participou de uma audiência onde mostrou os planos para reconstrução da estação Suzano, que será terminal do Expresso Leste e há planos para que a linha 12 - Safira também vá para lá futuramente. Ao contrário do que imaginei, onde eu deveria me apresentar, fui logo reconhecido por ele que me cumprimentou e gentilmente respondeu algumas de minhas perguntas. Outras, deixou contatos para que pudessem ser respondidas com mais calma, já que o caminho era longo de volta.
E ainda em março, outra vez me deparei com Avelleda quando os novos trens do Metrô e CPTM feitos pela CAF foram entregues. Num total de 17 composições para o Metrô e 48 para CPTM, dos quais, hoje 26 já estão com a CPTM, tratam-se do que há de mais moderno em trens no Brasil. Não há trem operando com tecnologia semelhante a desses trens fora do estado de São Paulo. Podem haver trens bem parecidos, mas, não com os mesmos níveis de segurança e alguns itens de conforto para o usuário.
Novamente, no mês de Março, os trens da CBTU voltaram a receber mais usuários devido a nova parada dos rodoviários. Um adendo de 5 mil usuários no sistema, diferente da greve dos mês anterior, já que dessa vez, segundo o Sindicato das Empresas, 80% da frota estava operante.
Enquanto no Rio, a SuperVia sofre com sucessivas falhas em trens e vandalismos causados por usuários. Trens que por falha elétrica param no meio da via e obrigam os usuários a descer e seguir até a estação mais próxima e, se possível, fazer baldeação para outra linha operante e seguir o seu destino e do contrário, aguardar o próximo trem. E neste mesmo mês saiu o retrato falado do possível acusado de ter iniciado o trem que seguiu sem controle no mês de janeiro. Trata-se de um homem, entre 25 e 30 anos, usuário habitual dos trens da SuperVia. Veja aqui e leia na íntegra.


Abril
Em abril, a "Curva do Medo", uma curva que existia entre as estações Corinthians-Itaquera e Tatuapé, mas, como referência mais fácil está a mais ou menos 150 metros do Metrô Arthur Alvim era um ponto comum que os maquinistas e a própria CPTM conheciam por ser problemático. Conheciam tanto que os trens já eram obrigados a desenvolver uma velocidade inferior muito abaixo a média de toda a linha, que fica em torno de 70 km/h. E um trem descarrilou, pra sorte dos usuários mais afoitos, fora do horário de pico. O Plano de Apoio a Empresas em Situação de Emergência (PAESE) junto ao Metrô foi acionado e assim não prejudicou muito o tráfego no local que prosseguia por uma só via e com maiores intervalos. Às 22h, o trem foi retirado da via e prosseguiram as obras para reestabelecimento da via para operação normal no dia seguinte.
Umas das coisas mais bacanas do mês de abril ocorreram na Virada Cultural. A CPTM, no ano em que Adoniram Barbosa completaria 100 anos de vida, organizou viagens INICIADAS À PARTIR DAS ONZE HORAS DA NOITE entre Brás e Luz com cantadores tocando os sucessos do grupo "Demônios da Garoa". Quer conhecer a verdadeira história da música "Trem das Onze"? Confira o site do Ralph Giesbrecht aqui com a história da Estação Jaçanã.
Neste mês, José Serra, o governador que iniciou boa parte do programa Expansão São Paulo nas empresas da Secretaria de Transportes Metropolitanos, renuncia ao cargo de governador para concorrer a presidência da república. Em seu lugar assume o vice Alberto Goldman que tem uma ligação quase de "pai" com a CPTM: durante o governo Itamar Franco comandou o ministério dos transportes e comandou a passagem da estatais federais do transporte (dentre elas, a CBTU e algumas de suas Superintendências de Transportes Urbanos - STU's) para os estados.
Já na CBTU, os usuários sofreram com um problema de tração num trem entre as estações Minas Shopping e Primeiro de Maio, o que causou maiores intervalos e fez com que as demais composições operassem em via única entre 7h05 e 7h50. Após esses 45 minutos, a circulação estava normalizada.
A SuperVia no começo do mês enfrentou atrasos e até fechamento de algumas estações devido as fortes chuvas. Todos os ramais tiveram a circulação alterada devido a isso e a circulação no ramais ficou restrita da seguinte maneira:
Ramal Deodoro: circulação entre as estações Deodoro e Maracanã;
Linhas Bangu e Campo Grande – circulação entre as estações Deodoro e Maracanã;
Ramal Santa Cruz: circulação entre as estações Santa Cruz e Engenho de Dentro;
Ramal Japeri: circulação entre as estações Japeri e Engenho de Dentro;
Ramal Belford Roxo: circulação entre as estações Belford Roxo e Del Castilho;
Ramal Saracuruna: circulação suspensa.
Tempos depois, os rodoviários do Rio de Janeiro, os a Zona Oeste, entraram em greve, fazendo assim que a SuperVia disponibilizasse mais trens para absorver essa nova demanda. Essa greve, assim como as greves em Minas, foi considerada inconstituicional e levada a juízo. Mas isso ainda não era problema.
Em 16 de abril, um dos acidentes mais feios vistos ocorreu na SuperVia. Um descarrilamento seguido de um quase tombamento total da composição (evitado somente pelos postes de energia) deixou 61 pessoas feridas. Segundo usuários, desde que partiu da estação Santa Cruz, "o trem demonstrava problemas e o maquinista estava sonolento", o que poderia ser uma das causas do descarrilamento.
Além disso, um escândalo envolvendo a mulher do governador Sérgio Cabral e a renovação da concessão da SuperVia por favorecimento a seu escritório de advocacia também foi manchete. Leia aqui.


Maio
Abril foi o mês onde se comemora o dia do ferroviário. O blog postou atrasado um parabéns a estes que tanto colaboram com as idas e vindas das pessoas. Dia a ser lembrado com carinho por muitos ferroviários, pra outros, podendo passar batido ou com alguma tristeza por eventos trágicos, como os do Rio de Janeiro. Mas, o que se viu em 2010 (quando chegar novembro, entenderão bem o porquê), foi uma esperança velada de que na ferrovia as mudanças estão vindo com força. E os homens e mulheres da ferrovia (elas cada vez mais presentes nesse que já foi um grande "clube do Bolinha") estão cada vez mais crentes de que poderão participar desse futuro próximo, breve e que não irá parar.
Ainda em maio, foram anunciadas as inagurações de quatro novas estações no Metrô: duas delas do primeiro trecho da linha 4, essa administrada pela concessionária ViaQuatro e outras duas que finalizariam o trecho de metrô pesado da linha 2 - Verde, a estação terminal Vila Prudente e a intermodal Tamanduateí, que se integra com os trens da linha 10 - Turquesa da CPTM, dispõe de ponto de táxi e ônibus municipal e intermunicipal EMTU. As estações da linha 4 chegam com grandes atrasos e em número insuficiente, conforme opinião dos usuários que, após a inauguração da linha perceberam que o horário de funcionamento (das 8h30 às 15h) era insuficiente. Pra alguns, se funcionasse em tempo integral, aliviaria muito para realizar deslocamentos entre Faria Lima e Consolação, já que há integração da estação Paulista com esta última. Mas, usuários opinaram que estas estações, principalmente pela demora em suas inaugurações, em particular, da linha 4, esta que já teve previsões para inaugurar estações adiadas diversas vezes.
Então, numa denúncia de usuários e com confirmação por funcionários de estação, o Expresso Leste mostrou-se mal organizado. Após um ano operando somente nos horários de vale (trato este obtido após audiência pública onde foi decidido pelo não ao veículo leve sobre trilhos - VLT, este que contaria com novas estações, entre elas Nova Jundiapeba, Vila Industrial e César de Souza e veículos novos e mais modernos com velocidade média de 30km/h derrubando os muros ao redor da ferrovia -, os trens chegavam com horários divulgados de forma errônea numa informação divulgada por uma assessora de imprensa que não presta mais serviços a companhia. E conforme contato deste blogueiro com a assessoria, não era possível também naquela época manter horários fixos pois a frota não estava sempre completa, já que havia trens em revisão geral, esta que ocorre a cada 250mil quilômetros rodados em média e alguns trens sofriam com vandalismos e panes elétricas.
Antes que algo pior acontecesse, a CPTM iniciou no último final de semana de maio, testes com o carrossel de trens ao limite: 17 trens, dos quais colocou os primeiros da série 7000 para rodar, alguns deles prestando serviços. Tempos depois, em uma capa, "O Diário" comparou de forma errônea a CPTM ao "Bay Area Rapid Transit - BART", já que este último se trata de um sistema de metrô pesado e que usa o pai do sistema de sinalização chamado CBTC (Comando de Trens Baseado em Comunicação, em livre tradução), criado por dois engenheiros do BART e um da fabricante de tecnologia em telecomunicações militares chamada Hughes Aircraft Company. Além de mais avançado, o sistema permite que os trens tenham uma aproximação maior entre si, numa comparação chula, os trens da CPTM podem ficar até 150 metros de distância um do outro contra 15 dos trens do BART. Após esses fatos, a CPTM divulgou uma tabela com novos horários fixos, uma para os dias úteis, outra para sabádos e uma terceira para domingos e feriados. O então presidente Sérgio Avelleda disse em entrevista ao Mogi News que obras foram executadas para aumentar a velocidade comercial da linha no trecho Guianazes - Estudantes e que o pleito pelos trens diretos era justo, segundo sua visão. E assim começou...


Junho
Onde ficamos no anúncio de que Paranapiacaba seria já o próximo destino do Expresso Turístico da CPTM. A Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF), Malha Regional Sudeste (MRS) e a Prefeitura de Santo André estavam a concretizar uma parceria para estabelecer de uma vez por todas a chegada do trem que nunca deveria ter saído do vilarejo ferroviário. Desde 2001 (quando a CPTM colocou um fim na que chamava de extensão até Paranapiacaba), nenhum trem de passageiros chegava ao vilarejo. Mas, por diversos problemas (muitos deles, segundo consta), por falhas da prefeitura de Santo André em não fornecer infraestrutura necessária, como a reforma do galpão e plataforma de desembarque, o que fez com que a primeira viagem comercial fosse realizada no dia 19 de setembro.
E em junho, um desafio foi lançado a uma comunidade que reúne 3 mil membros: se o dono, Marcos Aurélio Silva, o Markora, conseguisse atingir os 20km que separam o final dos caminhos de Santiago de Compostela  de sua catedral sem deixar com que a locomotiva do Ferrorama saísse dos 110 metros de trilhos que lhe eram disponíveis. Para isso, convidou alguns amigos da comunidade "Volta Ferrorama" e seguiu viagem para Espanha. Após 3 dias e 3 noites, o desafio foi finalizado. Mas a Estrela... Em outubro, saiu o Ferrorama "Hi Tech": com comandos por infra-vermelho, o que desapontou e desagradou muitos fãs dos trens clássicos. Além do visual "chino-paraguaio" e de peças incompatíveis com os demais Ferroramas. Ao consultar a página da comunidade (06/02/2011), consta que "diversas versões do Ferrorama devem ser anunciadas nos próximos meses".


Julho
Dia 02 de Julho, o "Vida Sobre Trilhos" comemorou seu primeiro ano de postagens. E já se via evoluções na qualidade do texto, coisa que só me fez criar um blog novamente para ter de verdade visibilidade e poder postar ideias e receber sugestões. Muito ajudou durante este um ano foi o twitter, primeiramente a conta pessoal e que neste ano, o blog passou a andar pelas próprias pernas, sendo assim, foi criada a conta oficial do blog, a @vstrilhos. Lá é postada novidades da ferrovia, RT's de companhias ferroviárias, situação de linhas (no caso, as do Metrô de São Paulo e CPTM, pois não temos muitos seguidores cariocas para justificar RT's para SuperVia e Metrô Rio ainda, o mesmo para outros estados).
Puxando pela memória, a ficção e os trens estão intimamente ligados (exceto alguns casos do Brasil que, apesar da malha ferroviária estar encrustrada na cidade e ser excelente para cenário, mas, "ser difícil" para os produtores usarem dela), a luta entre Doutor Octopus e o Aranha foi lembrada e o vídeo foi postado. Não na melhor qualidade, mas, para ao menos lembrar foi o suficiente.
Após isso, uma reflexão surgiu a cabeça: afinal, o sistema da Companhia do Metropolitano de São Paulo pode se chamar Metrô mesmo sendo que ele opera somente nos limites da cidade ou ele deveria se chamar "Companhia do URBANO de São Paulo"? Pelos limites da cidade, o que ocorre hoje, realmente o Metrô de São Paulo é um sistema urbano, pois não tem ainda planos de sair de São Paulo, apesar de épocas passadas já terem cogitado a ida da linha 1 - Azul até Guarulhos. E atualmente, a vontade de Jurandir Fernandes voltou a sobressair na linha 4 e essa poderá chegar até Taboão da Serra, fazendo com que assim ele saia dos limites da cidade e assim se torne Metropolitano.
Porém, o que valora o nome Metrô é conforme a explicação do Haiser Ferreira, da comunidade "CPTM - Você Também Anda!": "A capital é uma metrópole e faz parte da região metropolitana. É correto o seu uso na sigla , embora tecnicamente falando o Metrô de São Paulo é Trem Urbano(Metrô Pesado) e a CPTM é Trem Metropolitano (Metrô Pesado) . Nada impede atualmente do Metrô ultrapassar a fronteira da cidade".
Ou seja, se deve ao tipo de trens utilizado do que as fronteiras por ele cruzados.
Mas, julho não passaria em branco se não fosse um triste fato ocorrido durante este mês: um dos novos trens, que ainda se encontrava em testes, operava em horário de pico quando o sistema "apagou" e o maquinista foi obrigado a reiniciar todo o trem. Durante este periódo, em que o trem ficou em média de 2 a 3 minutos com o sistema de ar condicionado desligado (ainda num intervalo considerado 'seguro' para um trem lotado), a falta de comunicação do maquinista para informar o usuário no trem de que a composição logo entraria em operação causou desespero ao ponto dos usuários acionarem os sistemas de segurança, como freio de emergência e abertura de portas.
Após o desembarque de emergência iniciado, o trem voltou a operar sentido Engenheiro Goulart (Linha 12 - Safira), vândalos bloquearam os trilhos utilizando pedras e dormentes abandonados ao redor da via e ainda houve ameaça de queima ao trem, essa evitada sob agressões a um agente de segurança que ficou ferido. Um usuário também ficou ferido. Usuários que testemunharam e deram depoimentos dos quais foram fontes da postagem e são membros da comunidade "Você Também Anda!", apesar de ter saber se portar ou fazer ideia de como se portar até como um agente auxiliador num caso extremo quase embarcaram no ódio dos vândalos para causar danos no trem.


Agosto
O adesivo na frente e laterais do trem foi considerado
irregular, segundo juíz
A frase " Xº Novo Trem do Metrô - São 107 Novos Trens para o Metrô e CPTM" foi considerada irregular pelo Luís Francisco Aguilar Cortez do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) e em sua decisão de multar em R$5 mil/ trem adesivado por esse favorecer a campanha eleitoral do PSDB. Tal decisão coube recurso, mas, o Metrô e CPTM removeram os adesivos, inclusive esta última removeu até mesmo os símbolos do Governo do Estado de São Paulo presentes no trens. Segundo o juíz: "O conteúdo corresponde a divulgações partidárias, que valorizam seus candidatos por corresponderem aos anseios da população, configura-se o conteúdo eleitoral, no âmbito da atuação partidária e eleitoral tais divulgações são permitidas, mas o que se veda é a utilização do bem público para o mesmo fim".
Durante o dia 10, um trem da série 2000, que circula na linha 11 - Coral, ao entrar em operação derrubou a rede aérea. No dia do ocorrido, postei no twitter que se tratava realmente de um acidente e que poderia ser evitado e as causas prováveis podem ser desde sobrevelocidade na manobra até mesmo um pequeno balanço do trem que possa ter feito o pantógrafo (dispositivo usado para captar energia da rede aérea) enganchar nos fios e derrubá-lo onde se encontram com as outras redes aéreas, as que farão alimentação dos trens em operação. Este comentário gerou diversos outros comentários contestando essa hipótese, já que, de fato não estive lá ou usei trem no horário de pico como parte dos 70 mil usuários prejudicados naquele dia. Para tanto, adiei em 6 dias para pesquisar e fomentar um texto apurado com a explicação de que aquilo foi um acidente e tudo que pode ser feito para minimizar os problemas foi feito.


Setembro
Este mês foi um dos meses mais tensos do ano. Nunca o sistema de trens de São Paulo esteve tão em foco como neste mês até o término do pleito eleitoral, no final de outubro. Muitas, se não é válido dizer, todas as ocorrências do Metrô de São Paulo e CPTM que puderam ser flagradas por usuários e pela imprensa ganharam destaque nos telejornais locais e nos portais de notícias.
Já no dia 07, funcionários foram chamados para socorrer uma grávida no banheiro da Estação Luz que entrara em trabalho de parto. A encarregada da estação, uma vigilante e uma policial militar auxiliaram no parto.





A jovem de 17 anos, grávida de 6 meses, logo a seguir foi levada para a Santa Casa de São Paulo.
Dias depois, um caminhão que não respeitou a sinalização da passagem de nível atingiu um trem da linha 8 - Diamante, sentido Júlio Prestes nas proximidades da estação Engenheiro Cardoso. O motorista estava aparentemente bêbado e não respeitou o bloqueio, atingindo a lateral do trem. Diversas pessoas ficaram feridas.
No dia 15, uma falha elétrica num trem do Expresso Leste num trem que ia sentido Luz, parou nas proximidades da estação José Bonifácio. Este permaneceu ocupando uma das vias, o que causou maiores atrasos. Pela falha ter ocorrido às 6h30, além dos usuários que vinham das estações do Alto Tietê, os embarques em Guaianazes começavam a ser controlados. Então, para barrar a entrada e diminuir o número de usuários embarcando em Guaianazes, a estação foi fechada temporariamente, o gerou revolta em quem tentava prosseguir viagem por ela. Com as equipes de TV a postos, então a "tenda" estava armada para o "espetáculo" que viria a seguir. Veja uma das imagens:


Quatro agentes ficaram feridos nesse episódio lamentável, além da depredação a estação que, horas mais tarde, voltou ao seu funcionamento normal.
No mesmo dia em que o então governador Alberto Goldman se preparava para inaugurar as estações do Metrô e CPTM Tamanduateí, eis que um dos fatos mais marcantes do ano acaba de acontecer. Durante operação na linha 3 - Vermelha, às 9h40, um trem no túnel entre Pedro II e Sé apresentou na cabine de comando falha no sistema de portas. Com autorização do CCO, o operador foi autorizado a verificar o problema, quando um usuário ao ver o mesmo caminhar pelo túnel, ativou o botão-soco para abrir as portas. Um outro trem, em sentido contrário, ao perceber os usuários desembarcando, comunicou e solicitou ao CCO para desernergizar ambas vias para evitar um acidente ainda maior. O trem que este operava não possuía janelas, somente sistema de ar condicionado e logo os passageiros presentes também iniciaram o desembarque. Conforme a confusão para desembarcar aumentava, com falta de comunicação, pessoas passando mal e alguns quebrando também as janelas para sair de dentro dos trens. Devido a isso, trens da linha 2 - Verde foram emprestados até que os trens voltassem a operar.O governador, ao saber do ocorrido, disse que iria apurar para saber se realmente as causas foram realmente acidentais. Já quem não se conteve e saiu afirmando via Twitter que tratava-se de sabotagem foi a ex-subprefeita da Lapa Soninha Francine, que por este motivo passou a receber diversas críticas por não conter as palavras sem ao menos ter embasamento dos fatos. E junto a ela, o então candidato a presidência, José Serra, dizendo haver "interesses eleitorais" nesses acidentes do Metrô e CPTM. Tempos mais tarde, segundo o instituto de criminalística, as causas apontadas para o problema foram o excesso de usuários no trem (a linha transporta quase o dobro de pessoas com conforto por metro quadrado: 11 pessoas dividem um metro quadrado, onde o coeficiente de conforto e segurança está em 6).


















Para finalizar, finalmente o "Vida Sobre Trilhos" conheceu o trecho Paulista - Faria Lima da linha 4 - Amarela. A linha, primeira na américa latina a contar com o sistema driverless (sem condutor). Mas, isso gerou uma dúvida: onde estaria a "alma" do trem? Realmente, operador o trem não possui, mas, há dois operacionais dentro do trem para auxiliar em qualquer caso e manter a segurança. Ok, mas, onde está a alma do trem? Sim, o trem não possui a placa do fabricante...A Hyundai-Rotem não "demarcou", não deu uma vida, uma identidade a seu trem, dizendo que ele veio da Coréia do Sul para operar em São Paulo, o ano de fabricação. Mas, isso não foi tão emblemático quanto o que houve em outubro.


Outubro
Dois jovens, "velhos conhecidos" por invadir companhias ferroviárias, galpões de concessionárias e oficinas foram detidos em eventos por furtarem placas ferroviárias. Um deles, para escapar da detenção, mostrou um álbum do orkut com fotos do outro e lá se via uma parede com diversas dessas placas. Desde placas de sinalização, placas de trens (a maior parte, de trens ainda operacionais). Logo, "um ladrão de almas".
Em tempo, um texto do então candidato Rubens Hering, onde ele aponta que, para que o Brasil tenha um enorme potencial para se desenvolver com os transportes sobre trilhos. Atualmente, o texto mais acessado do blog.
Com uma explicação de quem já esteve a frente da STU 4 - SP da CBTU, o doutor em ferrovias Telmo Giollito Porto afirmou que, ao invés de uma falha, o sistema de segurança do Metrô se comportou como esperado: um trem parado, um trem seguro.
Então, eis que vendo algumas postagens da amiga Regiane Alencar, me deparo com uma verdadeira poesia. Senti-me na obrigação de replicá-la e foi, segundo próprias palavras, "uma homenagem". Seu conto inclui citações do livro de George Orwell, "1984", comparou a citada "hora do ódio" com a hora do pico vivenciada por todos que utilizam sistemas de transporte público.
Após dois anos sem estabelecer contatos, ao revisitar os amigos, descubro que a, até então, biblioteca do Metrô iria se transformar em "Biblioteca Neli Siqueira". A bibliotecária que nomearia o local foi quem captou, organizou e obteve os meios para estabelecer a biblioteca com os arquivos técnicos, teses, trabalhos de conclusão de curso, relatórios e anuários. Com o tempo, a biblioteca foi expandindo e outros livros foram adicionados ao acervo bibliográfico.


Novembro
Além de algumas panes elétricas nas linhas 8, 9 e 11 e 12 por sinalização, novamente um veículo desrespeita o limite entre a ferrovia e a rua. Dessa vez, o motorista de um veículo Monza, ao ser atingido na cabeça pelo engate do trem, mesmo resgatado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU -, faleceu. O acidente ocorreu dia 14, às 22h30.
Houve também um projeto polêmico apresentado pela prefeitura de São Paulo para melhorar a interligação da região oeste e centro com o ABC paulista e demolir o elevado Costa e Silva, o "Minhocão". Segundo o projeto, as linhas da CPTM passariam a ser subterrâneas num trecho compreendido entre a Lapa e Brás (no caso da Lapa, desde onde se localizam oficinas da MRS e CPTM até a estação Brás). O que, provavelmente não deve ter sido colocado num pensamento ou, se ao menos foi, é como ficará a circulação de trens de carga naquele trecho, já que o mesmo ainda irá demorar alguns anos para se tornar totalmente segregado? E também, mesmo que a prefeitura quisesse realizar uma obra tão cara como essa, teria que pedir autorizações diversas, inclusive a união, para deslocar a malha ferroviária de local. Além de muito contar "com a boa vontade" da concessionária de cargas em se adaptar a uma nova realidade e utilizar naquele trecho somente locomotivas de tração elétrica, o que iria pedir mais obras de subestações de fornecimento de energia nos trechos onde essas circulariam...
Mas, o maior evento do setor ferroviário, sem dúvida, foi a maior feira de promoção de negócios, troca de experiências e apresentação de produtos e empresas do setor ferroviário no mercado brasileiro. A 13ª Negócio nos Trilhos foi bem além disso: promoveu além da troca e apresentação de produtos e serviços, um encontro entre "amigos", os funcionários da ferrovia, entre eles engenheiros, técnicos e profissionais diversos atuantes do segmento ferroviário. Houve também os ferrofãs,  nova presença na feira. As atrações, como o grupo de dança da coreógrafa e bailarina Mônica Serra e o músico e compositor Bernard Fines muito bem acompanhado pelo Júlio Bittencourt Trio foram grandes atrações que destoaram o tema de negócios e tornaram muito mais leve a feira para todos ali presentes.


Dezembro
Com um clima mais ameno e os trens um pouco mais lotados devido as compras de fim de ano e blog com ritmo de encerramento de ano, já diminui a marcha e desacelera. O governador eleito, Geraldo Alckmin inicia começa a anunciar os seus futuros secretários de governo. E de volta, uma figura carimbada a Secretaria de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, chega com uma promessa que assusta: 400 trens para a CPTM até 2012. Com isso, puxamos o currículo de Jurandir Fernandes para ver o que ele entende por transportes públicos e a noção do quanto custa um trem. Engenheiro formado no Instituto Técnico da Aeronáutica com doutorado em transportes públicos ministrados na França (local onde o Metrô é centenário e possui linhas muito avançadas), ex-secretário de transportes de Campinas, diretor de planejamento da Dersa, secretário nas gestões Covas e Alckmin, presidiu o Denatran no ano 2000 e de 2001 a 2005 a mais importante agência do seguimento: a Agência Nacional de Transportes Públicos - ANTP.
Invejável. Porém, outros fatos (que vocês verão nas próximas postagens) colocam tanta experiência em xeque com uma promessa como essa ou levam a pensar que ele foi mal interpretado: talvez Jurandir tenha dito na verdade que serão 400 carros, não 400 composições (800 Trens Unidade Elétricas - TUE's) como seria de se pensar.
Há um ano, realizei a primeira entrevista atrás de informações de um falecido usuário ilustre. Luis Lombardi Neto era usuário diário dos trens da CPTM para ir trabalhar no SBT havia falecido no dia 2 de dezembro. E quantas coisas de sua morte até aquela postagem haviam mudado. Hebe não trabalha mais com Silvio Santos, o banco Panamericano sofreu um rombo bilionário e agora foi vendido para liquidar um segundo rombo e outras coisas que se sucederam no período.
Também estreou os "causos" da ferrovia, esta que com a colaboração de vocês leitores do blog, será publicada mensalmente e, conforme for, uma votação será criada para eleger os melhores e definir quais serão publicados no blog. Fevereiro aguarda por mais causos, você pode mandar pelo e-mail vstrilhos.blog@gmail.com.
E a mensagem de agradecimento pela paciência, pelos minutos reservados a leitura do blog, pois cada minuto de vocês em ler o blog, valeu ouro!


E aqui termino o Retrem 2010. Muito obrigado por lerem até aqui, pois dessa vez não foram poucos minutos, foram vários. Por isso...


Tenham uma boa semana!



*Com fontes diversas e links dentro do texto.
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