sexta-feira, 22 de abril de 2011

Cinquenta e um anos de Brasília sem uma grande ligação com a ferrovia

Do Vida Sobre Trilhos*

Bons dias Senhores Usuários!
Pátio do Metrô DF, com vários trens Mafersa/Alstom.
Divulgação/Ministério dos Transportes

Brasília completou ontem 51 anos de existência. E o interesse em ser sede do primeiro jogo da copa do mundo no Brasil cresceu junto a estas comemorações. Mas, Brasília tem mobilidade para tal?

O estádio Mané Garrincha, o candidato a receber o ponta pé inicial e outros jogos da copa, está em reformas e é um dos estádios que agrega grande infraestrutura de apoio, possuindo vestiários, sala de fisioterapia, alojamento, academias e restaurantes. Mas, quanto a transporte metroviário, o estádio fica longe: a estação está a 40 minutos à pé do estádio e 5 minutos de carro a partir do mesmo ponto (segundo o Google Maps, que não tem cadastradas as empresas que prestam serviços de ônibus da capital federal, o que pode ser considerada uma grande falha). 
Mapa do Metrô DF - Créditos: Roni 1986
Em 1992, iniciam-se as obras com conclusão de término para 94, mas, diversos atrasos só fizeram com que a primeira linha inicia-se operação comercial, com horário de funcionamento inicialmente das 10h às 16h, 42 quilômetros de extensão e 11 estações somente 9 anos depois do início de sua obra. O Metrô DF tem características diferentes das que costumamos observar. Primeiramente, seu modelo de linha, praticamente, as duas linhas em quase toda sua extensão são "uma só", diferenciando-se a partir da estação Água Clara e segue até Ceilândia (linha Verde) e da mesma, segue até Samambaia (linha Laranja, veja detalhes no mapa) e, depois, ser o único metrô a ter "estações não operacionais", no caso, estações que aguardam o surgimento de uma demanda para entrar em operação, no caso, conforme avaliação e estudos da própria companhia.

O VLT

Talvez o projeto que tenha ganho o embargo, devido à denúncias de irregularidades na licitação para que houvessem benefícios as empresas Dalcon Engenharia, Altran/TC/BR 
VLT "Citadis" Alstom, o mesmo exposto na "Negócio nos Trilhos '09"
Autor:Mario Roberto Duran Ortiz
Tecnologia e Consultoria Brasília S/A na contratação do projeto básico do VLT, orçado em 
R$ 3,26 milhões. E, em 2009, a Alstom, fornecedora dos veículos leves sobre trilhos recuou quando houve o escândalo do "Mensalão do DEM", envolvendo o então governador José Roberto Arruda
Se caso o projeto do VLT não sair, Brasília ganhará em emissões de CO2: já é previsto um projeto compensatório para inserir 900 novos ônibus na capital federal.



E então,Brasília,o que em todo seu esplendor arquitetônico "Niemaieresco" fará por uma mobilidade urbana limpa sobre trilhos? 2014 tá aí.

Tenham um ótimo feriado!

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