domingo, 2 de maio de 2010

Em São Paulo, um dia a lembrar; no Rio, um dia a esquecer: Dia do Ferroviário

Do Vida Sobre Trilhos/ Usuário da CPTM
Bons dias senhores usuários!
Voltando a postar mais de um mês após, o blog vem comemorar (atrasado, é claro), a data tão especial para esse blog, quem é da área e quem admira os seus serviçais: o dia do Ferroviário. São pessoas que amam naturalmente o que fazem, se não a amam de cara, passaram a amar. Alguns, se iludem ao pensar que tudo é perfeito e caem em contradição consigo mesmas quando começam a questionar do por quê de estar errado e desanimam, outros, menos vulneráveis, aceitam a realidade sem ser ufanista, mas, tem consigo a crença de que poderá mudar para melhor um dia. Esses últimos tem a felicidade de amar a  profissão sem esquecer seus defeitos, seus erros e assim podem procurar sempre se aprimorar. Ser ferroviário para eles é um exercício de gostar de ajudar a pessoas a chegar a seus destinos, encontrar locais, conhecer lugares, curtir cada avanço na ferrovia, que é algo escasso. Especialmente, na duas capitais de grande movimentação do país: Rio e São Paulo. 
São Paulo curte um plano de expansão que deveria ter saído da gaveta (se este foi planejado há tempos) antes, pois, o que veio junto com ele foi a publicidade. A publicidade o afeta demais quando se começa a impor condições que de fato não ocorrem sempre.
Trens são vulneráveis e seus sistemas embarcados ou em campo podem e sofrem falhas diversas, tanto devido ao fator humano e quanto ao fator natural de campo. Isso incomoda muito a quem usa e a quem foi motivado pela publicidade a utilizar o transporte sobre trilhos. Podem pensar que este blog hoje esteja desmotivando a não usar esse meio que não polui a longo prazo e tira carros e ônibus da rua quando bem planejado. Mas, que a qualidade a ser mostrada, anunciada tem que condizer com a realidade.
O oposto do caso da SuperVia. Quando ela surgiu como concessionária dos transportes sobre trilhos, parecia haver uma crença que a concessão mudaria as condições, novos trens, estações seguindo um padrão... Mas, o contrário ocorreu. A SuperVia, que nasceu de um consórcio chamado Bolsa 2000, encontrou todas as dificuldades que normalmente são encontradas por empresas de alto custo que são as ferrovias metropolitanas: seus lucros pagam seus gastos e se sobra, não é algo o suficiente para crescer e expandir. Tanto é que, conta muito com a ajuda do governo e de bancos estrangeiros para poder melhorar sua infra e superestrutura, reforma e compra de trens.
Como parte do que deveria pagar ao governo seria reinvestido na própria empresa, a SuperVia sofre com acidentes.Diversos durante a última década e entre março e abril foram vários os acidentes. O que se questiona é se, muitos desses acidentes ocorreram por causa de mal preparo (pois, não adianta gostar da profissão, tem que saber como ser um bom ferroviário) ou as condições de conservação e manutenção dos trens.E o que é mais preocupante: diferente da CPTM, que tem um público diverso, além de trabalhadores e estudantes, a SuperVia carrega principalmente tralhadores de diversas regiões cobertas pela empresa.

Mas, hoje, indiferentemente dessas duas companhias de trens que tem problemas, seus funcionários são festejados todos os dias, indiferente se é do ferroviário ou não. Esperamos que eles continuem com força nessa profissão e que estejam realizando-a por amor e com prazer.
Tenham uma boa semana!
*Fotos: Arquivo Pessoal/ SuperVia/ Divulgação

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