sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Causos e contos da ferrovia: Você já viveu um!

Do Vida Sobre Trilhos*

Bons dias senhores Usuários!

Como não costumo desejar um "Feliz Natal" a todos, talvez essa seja a primeira vez que eu faça isso, deixo a vocês algo de veras inusitado.

Farei com um pouco de humor.

A revista da "Associação dos Engenheiros da Estrada de Ferro Santos à Jundiaí"(AEEFSJ) ou, simplesmente, Publicação Ferrovia ou Revista Ferrovia que foi publicada bimestralmente até 1998, teve uma parada, recentemente voltou a ser publicada (sendo assim, considerada a revista mais antiga a ser publicada desde a Revista Cruzeiro), nas suas edições mais antigas reservava um espaço onde os engenheiros, associados e colaboradores traziam passatempos e os seus "causos" da ferrovia - histórias ou estórias que aconteciam com eles, com amigos ou que eles ouviam dos mais velhos de casa.
Em sua maior parte, engraçada, alguns desses "causos" serão publicados junto a alguns textos de outros autores. Ou seja, durante o mês de janeiro, se postar, será por algo muito importante mesmo!
;D
Mas, a qualidade permanece. Espero que gostem, os textos são excelentes!
Aí vão:

O passageiro trocado
 
Um passageiro tomou o trem noturno RJ-SP e pediu várias vezes ao chefe do trem para avisá-lo quando chegasse a Barra do Piraí, onde iria ficar para cumprir um importante compromisso.


Trem de Prata, antigo Santa Cruz, fazia o itinerário SP~RJ
Ao acordar quando o trem chegava na estação Luz, em São Paulo, o usuário ficou furioso e começou a esbravejar na plataforma da estação.
Uma velhinha, que também viajara no mesmo trem, perguntou-lhe: "Por que o senhor está tão nervoso?" Depois de ouvir a explicação do homem, ela lhe disse: "O senhor está nervoso, porém, mais nervoso ainda estava aquele senhor que o chefe do trem colocou à força, pra fora da composição, em Barra do Piraí..."

Houve apenas uma "pequena confusão"... 


Tem que ser dada uma ordem
O engenheiro novo tinha acabado de assumir a chefia do depósito e fora chamado para atender um grande acidente. Chegando ao local com o socorro, observou o trem tombado: a locomotiva deitada e vagões espalhados por todo lado.

Não tinha nem ideia do que fazer e muito menos do que dizer a um velho e experiente mestre encarregado do socorro, que aguardava suas ordens.

Viu uma pilha de dormentes e teve uma ideia. Disse ao mestre: "Mestre, manda passar aqueles dormentes para o outro lado da e pode começar o serviço". O mestre destacou dois empregados para movimentar os pesados dormentes de concreto, atacou o serviço e comcsua vasta experiência em pouco tempo, liberou a linha.
O engenheiro começou a aprender, mas o mestre até hoje não entendeu o que tinham a ver os dormentes com o acidente e o porquê da necessidade de trocá-los de lugar...

Em janeiro, outras postagens como essa aparecerão! Fiquem de olho!
Tenham um bom natal!

*"Causos" do Engº Renê Fernandes Schoppa publicados na Revista Ferrovia Jan/Fev-1993 e Jul/Ago-1992.
Trem de Prata — Foto: José Emílio Buzelin

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